O Diretor Financeiro do Corinthians, Wesley Melo, afirmou que o clube não tem débitos de salários atualmente. Contudo, ainda há alguns encargos financeiros a serem pagos pelo clube desde o ano passado, como férias e direitos de imagem.
“A despesa de salário está em dia. Não devemos mais nada. Tínhamos dinheiro na conta e pagamos antecipado. Existem algumas pendências do ano passado de férias e de direitos de imagem e isso está no nosso balanço. Disseram que não havíamos pago os salários dos funcionários, mas é mentira. Pagamos todos”, disse Melo em live promovida pela Gaviões da Fiel, principal torcida uniformizada corintiana, onde o Diretor, inclusive, revelou uma redução salarial de 10% na folha do clube e a necessidade de renegociação de dívidas.
Em 2020, o Timão chegou a acumular três meses de salários atrasados, ainda na gestão do ex-presidente Andrés Sanchez, que conseguiu quitar as dívidas referentes a agosto, setembro e outubro antes de deixar o cargo. Contudo, nos primeiros dias da nova administração, comandada por Duílio Monteiro Alves, que era Diretor de Futebol com Andrés, os vencimentos de dezembro não foram pagos. A situação foi integralmente resolvida em março.
Na semana passada, o técnico Vagner Mancini afirmou que os pagamentos do último mês foi quitado sem atraso pela direção do Alvinegro.
Dívidas gerais
Ainda assim, a realidade financeira do Corinthians é delicada. A dívida total que o clube possui atualmente é de R$ 956,9 milhões, sendo mais da metade do valor (R$ 586 mi) de pendências a curto prazo.
Wesley Melo é realista sobre a dificuldade de reduzir esse deficit em zero, mas pontua a necessidade de reduzir e, para isso, ter que encontrar novas possibilidades de receitas.
“O Duílio (presidente) e o Colagrossi (superintendente de comunicação, marketing e inovação) determinaram que cada modalidade dentro do clube tenha um marketing específico. Precisamos encontrar uma maneira para que todos sejam autossustentáveis. Nosso compromisso é gerar novas receitas para aquele departamento específico, que precisam ser olhados de forma individualizada”, disse o Diretor Financeiro.
“Não temos o objetivo de zerar a dívida. Precisamos reduzir a dívida, o nosso número é muito representativo e isso acaba nos afetando. Existe uma necessidade, mas nunca eliminar a dívida. Precisamos ter um equilíbrio com a nossa geração de caixa. Hoje, isso está desbalanceado. Zerar realmente não há necessidade. O que nós temos que fazer é aumentar as nossas receitas”, concluiu.
Além do montante acima citado, o Corinthians tem uma pendência em torno de R$ 500 milhões com a Caixa Econômica Federal, a respeito do pagamento pela construção do seu estádio, inaugurado em 2014. O Timão terá até 2040 para concretizar o pagamento, sendo que mais da metade (R$ 300 milhões) serão direcionados pela Neo Química, empresa que comprou o naming rights da Arena.
A Gaviões da Fiel se propõe a auxiliar no levantamento de recursos para saldar a dívida do estádio, tendo exposto em nota oficial e na própria live realizada que as campanhas que serão promovidas, e já estão em discussão, tanto com o presidente Duílio, quanto com o superintendente de comunicação, inovação e marketing José Colagrossi, não dispõe sobre o “caos administrativo” que leva até a dívida atual, mas apenas ao pagamento referente a Neo Química Arena.
Fonte: POLÊMICA PARAÍBA
Créditos: TERRA