A disputa entre as cidades que concorrem para sediar os Jogos Olímpicos de 2024 alcançou um nível inédito de rivalidade.
Nesta quarta-feira, Los Angeles acusou a rival, Paris, de ter manipulado relatórios que indicam que a cidade norte-americana comprou “curtidas” do Facebook para aumentar artificialmente sua oferta para sediar os Jogos.
As campanhas de ambas as cidades vêm se intensificando, já que a decisão do Comitê Olímpico Internacional será anunciada no dia 13 de setembro. Na segunda-feira, a rádio francesa RTL afirmou que a LA 2024 usou empresas para comprar e aumentar suas “curtidas” e, desta forma, anunciar que se tornou a primeira candidata a atrair mais de um milhão de fãs na rede social.
“Todas as propagandas do Facebook foram compradas diretamente pelo Facebook. Não surpreende que esta história tenha vindo de Paris”, disse Jeff Millman, do departamento de comunicação da LA 2024, à AFP. “Nossa campanha está na mídia social e tradicional, e todas as propagandas do Facebook foram negociadas diretamente no Facebook”, continuou.
O relatório em questão documentou um impulso repentino no número de fãs da página de Los Angeles: de pouco mais de 200 mil “curtidas”, no final de 2016, chegou a mais de um milhão em abril de 2017. No início deste ano, a maioria das “curtidas” era de perfis norte-americanos. Agora, o número aumentou drasticamente com fãs de países como o Paquistão.
Millman, porém, refutou a acusação e disse que há uma explicação lógica para o fato. “A propaganda do Facebook é mais eficiente em países onde há menos competição entre as marcas”, explicou. “Como o período de promoção internacional do COI começou no dia 3 de fevereiro de 2017, nossa campanha passou a ser direcionada principalmente para outros países, inclusive no Facebook”, completou.
Paris, por sua vez, também contou com aumento no número de fãs no mesmo período. A grande maioria das novas “curtidas” (80%), porém, vieram da própria França ou de países de língua francesa, como Argélia e Tunísia.
A tendência é a competição aumentar ainda mais. Nesta terça, por exemplo, Paris anunciou na capa da editoria internacional do The New York Times, o que irritou Los Angeles e gerou muitas críticas.
Fonte: ESPN