Centurión estava na Itália. Havia desembarcado no aeroporto de Milão e faria os exames médicos para assinar (novamente) com o Genoa. O celular tocou e o técnico Guillermo Barros Schelotto pediu que ele pegasse o rumo de casa, o bairro de La Boca.
O Centurión do São Paulo não está em discussão. Nunca se adaptou e nunca jogou bem. O do Boca sim. Foi peça fundamental no título, decidiu clássico e honrou a camisa 10 deixada por Tevez. Por mais que seus problemas extra-campo fossem sempre notícia por um jornalismo que vive mais disso do que de futebol, dentro das quatro linhas rendeu sempre. E até por isso, Guillermo o quis de volta. Gago, capitão da equipe, deu entrevista essa semana e disse que nos jogos e nos treinamentos, Centu sempre foi comprometido. Mas afinal, do que estamos falando, então?
O presidente Daniel Angelici é mais preocupado com a imagem que com futebol. Faz festa por apresentar balanços financeiros com superávit mas se nega a investir no clube como deveria. Pressionou a comissão técnica a desistir do jogador. Como Centurión mesmo escreveu em sua conta no Instagram: soltaram sua mão. Fora de campo Centurión pode ser um problema, mas dentro ele é solução.
A isso somamos o negócio com Wanchope Ábila. O Boca já envou Messidoro para o Cruzeiro, o jovem meia já assinou com os mineiros e agora surgiu a notícia que os valores para a compra do passe de Ábila já não são exatamente os falados anteriormente. O negóio também está a ponto de melar.
Entre os erros de Centurión, as vontades de Guillermo e os clubes brasileiros, encontra-se a nefasta diretoria xeneize, que erra em tudo o que pode errar e faz torcida, técnico e jogadores pagarem por isso.
Fonte: ESPN