comemoração

De promessa do Santos a referência da Seleção, aos 30 Neymar lida com sucessão de emoções

Astro da atual geração do futebol brasileiro, Neymar completa 30 anos neste sábado (5) cercado de expectativas para o camisa 10 da Seleção Brasileira. Do “abusado” jogador que fazia dribles e despontou como promessa do Santos, o astro foi para a Europa, se firmou no Barcelona e hoje faz parte de um PSG que, repleto de artistas badalados, tenta alçar voos maiores. Mas sua saga é marcada por uma sucessão de emoções.

O atacante deu seus primeiros passos como jogador profissional do Santos aos 17 anos. Lançado pelo técnico Vagner Mancini, não demorou a causar euforia entre os torcedores quando tentou fazer um cruzamento e carimbou a trave. O Peixe bateu o Oeste por 2 a 1, com gols de Roni e Madson, enquanto Dezinho diminuiu o placar nos acréscimos.

No ano seguinte, Neymar já era um dos destaques do Santos que encantou e colecionou goleadas no Campeonato Paulista. Ao lado de jogadores como Paulo Henrique Ganso, André e Marcel, o camisa 11 se sagrou campeão estadual ao levar a melhor sobre o Santo André, com direito a marcar na final.

No mesmo ano, ainda foi crucial em nível nacional. Com 11 gols marcados, o jovem foi o artilheiro da conquista do Santos na Copa do Brasil. O mais decisivo abriu caminho para o triunfo por 2 a 0 sobre o Vitória, no jogo de ida da decisão. Mesmo com o revés por 2 a 1 na volta, a equipe levou o título para a Vila.

O grande desempenho do atacante e de Ganso causou um apelo popular (em especial entre torcedores paulistas) para que ambos fossem convocados na Copa do Mundo de 2010. Mesmo assim, o técnico Dunga optou por não chamá-los, afirmando que não teve tempo para testá-los.

Após a frustração canarinha no Mundial, a primeira chance do jovem com a amarelinha aconteceu sob o comando de Mano Menezes. Neymar cobrou uma falta com precisão e abriu caminho para a vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos, em amistoso no qual jovens como Ramires e Alexandre Pato também receberam oportunidades

Porém, o jogador de 18 anos também ficou marcado por polêmicas no gramado neste período. Na derrota do Peixe para o Ceará, por 2 a 1, Neymar discutiu asperamente com o volante João Carlos e causou uma grande confusão no fim da partida no Castelão.

Já na Vila Belmiro, houve outra polêmica. O Santos enfrentava o Atlético-GO quando o camisa 11 foi derrubado dentro da área por Daniel Marques e o árbitro assinalou o pênalti. Neymar quis cobrar, mas o técnico Dorival Júnior designou outro batedor. Houve uma discussão áspera entre o jogador e o treinador e o capitão do Santos, Edu Dracena. No fim, Marcel foi para a bola e converteu na vitória por 4 a 2.

Técnico do Dragão, René Simões foi taxativo ao fim da partida.

– Eu, poucas vezes, vi alguém tão mal educado como esse rapaz, Neymar. Acho que está na hora de alguém educar esse rapaz ou nós vamos criar um monstro. Nós estamos criando um monstro – declarou.

Logo depois, Dorival Júnior foi demitido por “insubordinação” pela diretoria do Peixe, pois queria barrar o atleta do duelo com o Corinthians. Neymar, no mesmo ano, “admitiu peso na consciência” devido ao episódio e, em outros episódios, definiu aquele como o pior momento de sua carreira. Ele e Dorival retomaram a amizade e o treinador também disse que errou naquele momento.

Aos poucos, o atleta voltou a ser um dos principais nomes da equipe santista. Em 2011, voltou a ser impetuoso para uma conquista da equipe no Paulistão. Mas o segundo semestre reservaria um momento ainda mais brilhante.

Sob o comando de Muricy Ramalho, o Peixe trilhou o caminho para a conquista da Copa Libertadores da América. Novamente, coube a Neymar ser uma das esperanças santistas, garantindo gols importantes, inclusive na final da competição. Diante do Peñarol, o astro igualaria o feito de Pelé.

Já no Brasileirão, fez um gol emblemático, no qual deu um drible estonteante que entortou Ronaldo Angelim e estufou a rede. O feito, ocorrido no revés por 5 a 4 para o Flamengo, rendeu o Prêmio Puskás ao craque santista.

Neste período, começaram as especulações de uma transferência para o futebol europeu. O Real Madrid foi um dos primeiros clubes que tentaram contar com o atacante, mas o negócio não avançou.

Com a camisa da Seleção Brasileira, o atleta santista fez parte da geração campeã sul-americana sub-20 de 2011 ao lado de nomes como Danilo, Casemiro e Alex Sandro. Seu desempenho na competição (com nove gols marcados) fez com que levasse para a casa o troféu de melhor jogador do torneio. Além disto, seguia no radar do técnico da Seleção Brasileira para a Olimpíada que se avizinhava.

Porém, o fim de ano foi amargo. Em novembro, o atacante foi condenado a pagar uma indenização de R$ 15 mil ao então árbitro Sandro Meira Ricci, por críticas publicadas em sua rede social, em 2010, durante o jogo entre Santos e Vitória. O jogador acatou a decisão judicial no início de 2012.

Em dezembro de 2011, Neymar viu o Santos ser facilmente envolvido pelo Barcelona e amargar a derrota por 4 a 0 na final do Mundial de Clubes.

No início de 2012, o atacante garantiu seu terceiro título paulista com a camisa do Santos. ostentando o posto de artilheiro da competição e formando boa dupla com Alan Kardec. Além disto, era uma das esperanças da Seleção para os Jogos Olímpicos daquele ano.

A equipe comandada por Mano Menezes se impôs e foi para a final diante do México. No entanto, não resistiu ao dia inspirado de Peralta, que marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 (Hulk marcou para os brasileiros). Neymar foi o vice-artilheiro do Brasil na competição, perdendo apenas para Leandro Damião, que marcou seis.

Mesmo com a prata, seguiu no “radar” da Seleção principal de Mano Menezes (com quem venceu Superclássico das Américas) e posteriormente de Luiz Felipe Scolari.

Já com a camisa do Santos, venceu mais um título de ponta: a Recopa Sul-Americana. Após um empate em 0 a 0 na ida, foi fundamental na vitória por 2 a 0 sobre a Universidad de Chile na Vila Belmiro.

O olhar europeu, no entanto, ficava cada vez maior em torno do craque. Nos primeiros meses de 2013, seis clubes (de acordo com o pai e empresário do craque) manifestavam interesse em Neymar e, em especial, Real Madrid e Barcelona travavam disputa para ver quem ia ficar com o promissor jogador. Até que, no dia 25 de maio de 2013, o jogador definiu que iria para o clube blaugrana.

Antes de fazer as malas para Barcelona, Neymar levou a torcida brasileira ao delírio. Com a camisa 10, o atacante foi um dos principais jogadores da saga da Seleção até o título da Copa das Confederações.

Além de jogadas, o camisa 10 conduziu o grupo que contava com Fred, Daniel Alves, Paulinho, Oscar e Hulk. Era o primeiro título de ponta do jogador pela equipe canarinha.

Já pelo Barcelona, o astro fez parte de uma era inesquecível do Barça. Em quatro anos, foram 185 partidas, 106 gols e 59 passes para os colegas marcarem. Aos poucos, também lutou para se desvencilhar da fama de “cai-cai” e de temperamental.

No clube catalão, o atacante conquistou duas vezes o Campeonato Espanhol, três edições da Copa do Rei, duas vezes a Supercopa da Espanha, uma Liga dos Campeões, uma Supercopa da Uefa e um Mundial de Clubes. Também foi indicado ao Troféu Ballon D’Or em 2015 e em 2017.

Porém, em alguns momentos, o temperamento do craque rendeu problemas. O camisa 10 estava no banco de reservas após ser substituído em um jogo da Liga dos Campeões e, ao ser provocado por um torcedor do Manchester City, irritou-se com os gestos de “cai-cai” e chamou o rapaz para a briga.

Em outro momento no qual foi substituído, o atacante também externou sua irritação ao ser sacado pelo então treinador do Barça, Luis Enrique.

Algumas lesões também o atormentaram neste ciclo no clube. Em janeiro de 2014, teve uma entorse no tornozelo direito e ficou de fora de oito partidas. Já em abril, foram quatro partidas ausente devido a um edema no quarto metatarso do pé esquerdo. Ainda lidou com outros problemas musculares (e também com uma caxumba) até deixar o clube.

Lance!Neymar, 30 anos: de promessa do Santos a referência da Seleção, astro lida com sucessão de emoções

 

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Astro da atual geração do futebol brasileiro, Neymar completa 30 anos neste sábado (5) cercado de expectativas para o camisa 10 da Seleção Brasileira. Do “abusado” jogador que fazia dribles e despontou como promessa do Santos, o astro foi para a Europa, se firmou no Barcelona e hoje faz parte de um PSG que, repleto de artistas badalados, tenta alçar voos maiores. Mas sua saga é marcada por uma sucessão de emoções.

O atacante deu seus primeiros passos como jogador profissional do Santos aos 17 anos. Lançado pelo técnico Vagner Mancini, não demorou a causar euforia entre os torcedores quando tentou fazer um cruzamento e carimbou a trave. O Peixe bateu o Oeste por 2 a 1, com gols de Roni e Madson, enquanto Dezinho diminuiu o placar nos acréscimos.

No ano seguinte, Neymar já era um dos destaques do Santos que encantou e colecionou goleadas no Campeonato Paulista. Ao lado de jogadores como Paulo Henrique Ganso, André e Marcel, o camisa 11 se sagrou campeão estadual ao levar a melhor sobre o Santo André, com direito a marcar na final.

No mesmo ano, ainda foi crucial em nível nacional. Com 11 gols marcados, o jovem foi o artilheiro da conquista do Santos na Copa do Brasil. O mais decisivo abriu caminho para o triunfo por 2 a 0 sobre o Vitória, no jogo de ida da decisão. Mesmo com o revés por 2 a 1 na volta, a equipe levou o título para a Vila.

O grande desempenho do atacante e de Ganso causou um apelo popular (em especial entre torcedores paulistas) para que ambos fossem convocados na Copa do Mundo de 2010. Mesmo assim, o técnico Dunga optou por não chamá-los, afirmando que não teve tempo para testá-los.

Mano Menezes, o primeiro técnico a dar chance ao craque (Foto: Divulgação)

Após a frustração canarinha no Mundial, a primeira chance do jovem com a amarelinha aconteceu sob o comando de Mano Menezes. Neymar cobrou uma falta com precisão e abriu caminho para a vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos, em amistoso no qual jovens como Ramires e Alexandre Pato também receberam oportunidades.

Neymar e Dorival Júnior discutiram asperamente durante uma partida entre Santos e Atlético-GO (Ivan Storti/Lancepress!)

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Porém, o jogador de 18 anos também ficou marcado por polêmicas no gramado neste período. Na derrota do Peixe para o Ceará, por 2 a 1, Neymar discutiu asperamente com o volante João Carlos e causou uma grande confusão no fim da partida no Castelão.

Já na Vila Belmiro, houve outra polêmica. O Santos enfrentava o Atlético-GO quando o camisa 11 foi derrubado dentro da área por Daniel Marques e o árbitro assinalou o pênalti. Neymar quis cobrar, mas o técnico Dorival Júnior designou outro batedor. Houve uma discussão áspera entre o jogador e o treinador e o capitão do Santos, Edu Dracena. No fim, Marcel foi para a bola e converteu na vitória por 4 a 2.

Técnico do Dragão, René Simões foi taxativo ao fim da partida.

– Eu, poucas vezes, vi alguém tão mal educado como esse rapaz, Neymar. Acho que está na hora de alguém educar esse rapaz ou nós vamos criar um monstro. Nós estamos criando um monstro – declarou.

Logo depois, Dorival Júnior foi demitido por “insubordinação” pela diretoria do Peixe, pois queria barrar o atleta do duelo com o Corinthians. Neymar, no mesmo ano, “admitiu peso na consciência” devido ao episódio e, em outros episódios, definiu aquele como o pior momento de sua carreira. Ele e Dorival retomaram a amizade e o treinador também disse que errou naquele momento.

Libertadores, gol que rendeu Prêmio Puskás e título sul-americano sub-20 pelo Brasil: ano fenomenal (Foto: Divulgação)

Aos poucos, o atleta voltou a ser um dos principais nomes da equipe santista. Em 2011, voltou a ser impetuoso para uma conquista da equipe no Paulistão. Mas o segundo semestre reservaria um momento ainda mais brilhante.

Sob o comando de Muricy Ramalho, o Peixe trilhou o caminho para a conquista da Copa Libertadores da América. Novamente, coube a Neymar ser uma das esperanças santistas, garantindo gols importantes, inclusive na final da competição. Diante do Peñarol, o astro igualaria o feito de Pelé.

Já no Brasileirão, fez um gol emblemático, no qual deu um drible estonteante que entortou Ronaldo Angelim e estufou a rede. O feito, ocorrido no revés por 5 a 4 para o Flamengo, rendeu o Prêmio Puskás ao craque santista.

Neste período, começaram as especulações de uma transferência para o futebol europeu. O Real Madrid foi um dos primeiros clubes que tentaram contar com o atacante, mas o negócio não avançou.

Com a camisa da Seleção Brasileira, o atleta santista fez parte da geração campeã sul-americana sub-20 de 2011 ao lado de nomes como Danilo, Casemiro e Alex Sandro. Seu desempenho na competição (com nove gols marcados) fez com que levasse para a casa o troféu de melhor jogador do torneio. Além disto, seguia no radar do técnico da Seleção Brasileira para a Olimpíada que se avizinhava.

Porém, o fim de ano foi amargo. Em novembro, o atacante foi condenado a pagar uma indenização de R$ 15 mil ao então árbitro Sandro Meira Ricci, por críticas publicadas em sua rede social, em 2010, durante o jogo entre Santos e Vitória. O jogador acatou a decisão judicial no início de 2012.

Em dezembro de 2011, Neymar viu o Santos ser facilmente envolvido pelo Barcelona e amargar a derrota por 4 a 0 na final do Mundial de Clubes.

O sonho do ouro olímpico esbarra no México (AFP PHOTO / DANIEL GARCIA)

No início de 2012, o atacante garantiu seu terceiro título paulista com a camisa do Santos. ostentando o posto de artilheiro da competição e formando boa dupla com Alan Kardec. Além disto, era uma das esperanças da Seleção para os Jogos Olímpicos daquele ano.

A equipe comandada por Mano Menezes se impôs e foi para a final diante do México. No entanto, não resistiu ao dia inspirado de Peralta, que marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 (Hulk marcou para os brasileiros). Neymar foi o vice-artilheiro do Brasil na competição, perdendo apenas para Leandro Damião, que marcou seis.

Mesmo com a prata, seguiu no “radar” da Seleção principal de Mano Menezes (com quem venceu Superclássico das Américas) e posteriormente de Luiz Felipe Scolari.

Já com a camisa do Santos, venceu mais um título de ponta: a Recopa Sul-Americana. Após um empate em 0 a 0 na ida, foi fundamental na vitória por 2 a 0 sobre a Universidad de Chile na Vila Belmiro.

Após muito mistério, Neymar parte para o Barcelona (Foto: AFP)

O olhar europeu, no entanto, ficava cada vez maior em torno do craque. Nos primeiros meses de 2013, seis clubes (de acordo com o pai e empresário do craque) manifestavam interesse em Neymar e, em especial, Real Madrid e Barcelona travavam disputa para ver quem ia ficar com o promissor jogador. Até que, no dia 25 de maio de 2013, o jogador definiu que iria para o clube blaugrana.

Neymar (AFP

Antes de fazer as malas para Barcelona, Neymar levou a torcida brasileira ao delírio. Com a camisa 10, o atacante foi um dos principais jogadores da saga da Seleção até o título da Copa das Confederações.

Além de jogadas, o camisa 10 conduziu o grupo que contava com Fred, Daniel Alves, Paulinho, Oscar e Hulk. Era o primeiro título de ponta do jogador pela equipe canarinha.

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Neymar ascende no Barcelona e forma o impiedoso trio MSN (AFP)

Já pelo Barcelona, o astro fez parte de uma era inesquecível do Barça. Em quatro anos, foram 185 partidas, 106 gols e 59 passes para os colegas marcarem. Aos poucos, também lutou para se desvencilhar da fama de “cai-cai” e de temperamental.

No clube catalão, o atacante conquistou duas vezes o Campeonato Espanhol, três edições da Copa do Rei, duas vezes a Supercopa da Espanha, uma Liga dos Campeões, uma Supercopa da Uefa e um Mundial de Clubes. Também foi indicado ao Troféu Ballon D’Or em 2015 e em 2017.

Porém, em alguns momentos, o temperamento do craque rendeu problemas. O camisa 10 estava no banco de reservas após ser substituído em um jogo da Liga dos Campeões e, ao ser provocado por um torcedor do Manchester City, irritou-se com os gestos de “cai-cai” e chamou o rapaz para a briga.

Em outro momento no qual foi substituído, o atacante também externou sua irritação ao ser sacado pelo então treinador do Barça, Luis Enrique.

Algumas lesões também o atormentaram neste ciclo no clube. Em janeiro de 2014, teve uma entorse no tornozelo direito e ficou de fora de oito partidas. Já em abril, foram quatro partidas ausente devido a um edema no quarto metatarso do pé esquerdo. Ainda lidou com outros problemas musculares (e também com uma caxumba) até deixar o clube.

Entrada de Zuñiga frustra Copa de Neymar em 2014 (Foto: ODD ANDERSEN / AFP)

Realizada no Brasil, a Copa do Mundo de 2014 teve seus holofotes voltados para Neymar. O camisa 10, bem fisicamente, foi decisivo nas primeiras partidas e também nas oitavas de final diante do Chile.

O craque também vinha fazendo uma partida diante da Colômbia quando recebeu uma entrada de Zuñiga e saiu de maca. Horas depois, veio a notícia de que o Brasil não teria mais condições de contar com ele. Sem o craque, a Seleção foi eliminada na semifinal com a acachapante derrota por 7 a 1 para a Alemanha no Mineirão e, na decisão do terceiro lugar, sofreu uma derrota por 3 a 0 para a Holanda.

Passada a decepção na Copa do Mundo, o segundo ciclo de Dunga teve início… desta vez com Neymar no elenco. Após ser testado inicialmente em amistosos, o jogador do Barcelona partiu com o grupo da Copa América de 2015.

Só que sua participação acabou mais cedo. O atacante, que já tinha recebido um amarelo, foi expulso após o apito final por chutar a bola em Armero e envolver-se em uma confusão com os adversários. Suspenso por duas partidas, o atacante viu o Brasil ser eliminado nas quartas de final, ao perder nos pênaltis para o Paraguai.

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O ano de redenção com a camisa da Seleção Brasileira aconteceu em 2016. Fora da Copa América Centenário, o jogador do Barça teve nova chance de buscar a medalha de ouro.

Uma das referências para a geração de jovens que tinha Luan, Gabigol e Gabriel Jesus, o camisa 10 aos poucos ajudou a equipe canarinha a se encaixar e foi relevante nas partidas. Ele marcou gols sobre Colômbia, Honduras e, diante do Maracanã lotado, abriu o placar no empate em 1 a 1 com a Alemanha. Nos pênaltis, coube ao astro fazer o gol que garantiu a esperada medalha de ouro do Brasil no futebol.

 

 

A polêmica voltou a entrar em campo com Neymar em 2017. Após muito mistério, o atacante anunciou sua saída do Barcelona e partiu para o Paris Saint-Germain, que aceitou desembolsar 222 milhões de euros (R$ 821 milhões na época). O objetivo do astro era conseguir um voo solo, após anos como coadjuvante de Messi e, além de vestir a camisa 10, levar o clube francês ao título da Liga dos Campeões.

No entanto, o sonho ainda segue no papel. O PSG empilhou títulos nacionais e também das copas. Só que as competições continentais vêm trazendo algumas frustrações, mesmo com Neymar contando com a companhia de jogadores do quilate de Cavani, Mbappé e, mais recentemente, Messi.

Sua relação com Cavani causou um mal-estar com a torcida. Ao não ter deixado o colega de clube cobrar um pênalti, o camisa 10, que converteu para a rede, foi vaiado e não cumprimentou os torcedores.

As lesões ficaram mais recorrentes entre 2018 e 2021. Neymar se ausentou de 99 jogos por lesão nas quatro últimas temporadas, algumas delas significativas para o PSG. Neste período, coincidiu de ficar de fora do TOP-3 da Fifa. E o início de 2022 é de recuperação de outra lesão para o craque.

 

O reflexo de como Neymar continua relevante para a Seleção Brasileira vem nos ciclos de Tite. Desde 2016, o camisa 10 é visto como a chave para a equipe canarinha deslanchar nas partidas.

Com postura aguerrida, tentou levar os brasileiros à frente na Copa do Mundo de 2018, apostando em tabelas com Coutinho, Douglas Costa e Gabriel Jesus. Marcou gols em partidas contra Costa Rica e México, mas não evitou a derrota para a Bélgica nas quartas de finais.

Chamado por Tite na Seleção, tentava engatar uma sequência na equipe canarinha e iria disputar a Copa América de 2019. Contudo, uma lesão o tirou dos gramados. Como espectador, restou acompanhar o Brasil se sagrar campeão ao derrotar por 3 a 1 o Peru.

Chamado para a edição seguinte do torneio, realizada em 2021, foi importante ao balançar as redes nas primeiras partidas e fazer boas jogadas que levaram o Brasil à final. Só que os brasileiros não resistiram à força da Argentina, que venceu por 1 a 0 no Maracanã.

Pouco a pouco, Neymar retomou seu espaço e, sob o comando de Tite, contribuiu para o Brasil hoje estar no Mundial do Qatar. Hoje o atacante está a poucos gols de ultrapassar Pelé nas Eliminatórias da Copa do Mundo .

Após a vitória por 2 a 0 do Brasil sobre o Peru, Neymar, que era contestado por supostamente estar fora de forma, fez um forte desabafo.

– Não sei mais o que faço com essa camisa para a galera respeitar o Neymar – disse.

Em entrevista coletiva após a Seleção ter goleado o Paraguai por 5 a 0, Tite deixou um recado para o atacante.

 

Fonte: IG
Créditos: Polêmica Paraíba