O clima de incerteza toma conta do Botafogo-PB um dia após a decisão da Justiça que afastou e tornou réus os principais nomes da diretoria do clube na operação que investiga esquemas de corrupção no futebol paraibano. Com exceção do agora ex-diretor jurídico do clube, Alexandre Cavalcanti, os demais dirigentes disseram que não vão se pronunciar sobre o caso.
Foram afastados ainda o presidente Zezinho Botafogo, o vice-presidente Guilherme Novinho e o diretor executivo Francisco Sales, além do diretor jurídico, Alexandre Cavalcanti. O vice-presidente de futebol, Breno Morais, também consta no processo, mas ele já estava afastado pela Justiça desde junho. Inclusive, apenas Breno não atendeu o contato da nossa reportagem.
Zezinho Botafogo disse que não vai se pronunciar enquanto não conversar com seus advogados, mas disse também que tem a consciência tranquila e que vai provar sua inocência. Já Guilherme Novinho e Francisco Sales afirmaram que só os advogados do clube estão respondendo por esse assunto. E Alexandre Cavalcanti disse que só agiu no exercício da advocacia, orientando a fazer o que o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) determina, e afirmou ainda que vai apresentar provas da sua inocência.
Com a cúpula afastada, a situação administrativa do Botafogo-PB fica para lá de conturbada e indefinida. Zezinho Botafogo, presidente afastado, já havia declarado o desejo de concorrer à reeleição. Porém, a decisão judicial deve pôr fim a sua ideia. Vale ressaltar que as eleições para a escolha do novo presidente do Belo estão programadas para acontecer no mês de outubro.
Nessa terça-feira, a Justiça da Paraíba acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e tornou réus a cúpula do Botafogo-PB, além do presidente do Campinense, William Simões. Todos são acusados de fazerem parte de uma uma suposta Organização Criminosa que manipulava resultados no futebol do estado. A decisão foi assinada pela juíza da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, Andréa Galdino, que também determinou o afastamento imediato dos dirigentes.
O ex-presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB), José Renato, e o árbitro auxiliar do quadro da Federação Paraiabana de Futebol (FPF), Tarcisio José, também viraram réus na ação por integrarem o esquema.
Fonte: Globo Esporte Paraíba
Créditos: Globo Esporte Paraíba