Tiago Nunes venceu a Copa do Brasil, a Sul-Americana e a partir desta quarta-feira vai começar a caminhada pelo título da Libertadores. Agora no Corinthians, o treinador esperar completar a coleção de torneios mata-matas disputados por clubes brasileiros.
O Alvinegro estreia às 21h30, contra o Guaraní, em Assunção, no Paraguai, no jogo de ida da segunda etapa da Pré-Libertadores. É o primeiro de dois adversários a serem superados até a fase de grupos.
O clube paraguaio não traz boas recordações ao torcedor corintiano. Em 2015, a equipe paulista foi eliminada nas oitavas de final do torneio continental com duas derrotas (2 a 0 fora e 1 a 0 em Itaquera). Daquele time comandado por Tite, ainda estão na equipe e entrarão em campo nesta noite o goleiro Cássio, o lateral-direito Fagner e o zagueiro Gil – Walter e Vagner Love também estavam no elenco, mas não atuaram.
As características do time eliminado para o de agora são bem diferentes. Tite priorizava o poder defensivo de suas equipes. O Corinthians vinha nos últimos anos com essa característica, de saber sofrer pressão e matar o jogo quando surgisse uma oportunidade.
A equipe atual ainda está em fase de formação, disputou somente cinco jogos oficiais na temporada. Mas desde que foi anunciado, em janeiro, Tiago Nunes faz questão de dizer que está tentando implementar o estilo de jogo que deu certo nos tempos de Athletico-PR e rendeu as duas taças: um futebol que valoriza a posse de bola e busca sempre o ataque.
Altos e baixos
No Paulistão, as novas características do Corinthians têm alternado altos e baixos. Funcionou no clássico com o Santos no último domingo, mas não deu certo na derrota para a Ponte Preta no duelo anterior, quando a equipe tomou dois gols justamente por tentar sair tocando de lado no campo de defesa.
“O planejamento passa por dois pontos específicos. Primeiro pela correção à nossa performance. A gente oscilou no primeiro tempo contra a Ponte, mas em dois momentos sofremos dois gols. Por que falo da Ponte? Porque trouxe muito material do que a gente fez para o jogo com o Santos. Lógico que jogos grandes fortalecem o espírito do time, dão mais tranquilidade. Eu tenho muita confiança que estamos numa crescente e vamos continuar assim por muito tempo”, disse o técnico.
Tiago Nunes não definiu uma data para ter a equipe ideal. “Estamos distante ainda (do ideal). O que eu quero é chegar na fase em que os atletas fazem tudo de forma natural, sem ter que pensar. É como dirigir um carro, você não pensa quando troca de marcha. A equipe é a mesma coisa, quando você ainda pensa antes de fazer é que ainda não automatizou, e só o número de jogos vai dar isso”, afirmou.
Para dar esse padrão, Tiago Nunes tem optado por repetir as escalações. O Corinthians ainda não poupou atletas no Estadual, mesmo tento como prioridade a Libertadores. O time também atua com o mesmo modelo tático: uma linha de quatro defensiva, dois volantes que sabem sair para o jogo, três meias-atacantes e um centroavante.
No clássico com o Santos, Tiago disse que conversou com o departamento médico e também com os jogadores antes de definir os titulares. “Todos falaram que estavam bem, então não tinha por que mudar, já que queremos implementar uma ideia, um entrosamento, que só se ganha jogando”, disse.
Saldo positivo
Apesar de ainda não ser um técnico experiente, Tiago Nunes carrega números positivos quando se analisa os jogos mata-mata. Pelo Athletico-PR, foram 16 duelos nesse formato, com 13 classificações. O time paranaense só foi eliminado diante do Rio Branco-PR (Estadual de 2018), River Plate (Recopa de 2019) e Boca Juniors (Libertadores de 2019).
Fonte: R7 Esportes
Créditos: Polêmica Paraíba