O pontapé inicial da Copa do Mundo de 2018 será dado em 14 de junho, com a partida entre a Rússia, país anfitrião, e a Arábia Saudita. Faltando 47 dias para o torneio, milhares de brasileiros estão apreensivos: ainda não receberam os ingressos comprados no site da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
“A gente fica ansioso, mas torce para tudo dar certo. Falta cerca de um mês para eu viajar e espero que, até lá, os ingressos já estejam comigo”, diz o empresário brasiliense Pedro Vinícius da Silva Freire Bezerra, 37 anos.
O medo é justificado, pois os bilhetes têm chegado no Brasil na modalidade pequena encomenda registrada (PPR), com prazo de entrega pelos Correios de 40 dias úteis após passar pela alfândega. Ou seja, muitos torcedores correm o risco de embarcar para o exterior sem as entradas.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, dados mais recentes da Fifa apontam que o Brasil é o terceiro na lista de países que mais compraram ingressos. Até a semana passada, segundo a entidade, foram 65.863.
A situação motivou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a organizar um mutirão de entrega. Em comunicado divulgado no último dia 19, a estatal informou que, “para evitar prejuízos aos torcedores brasileiros que se preparam para assistir aos jogos presencialmente, os Correios estão priorizando a entrega dos ingressos, de modo que cheguem no menor tempo possível”.
A tarefa exige esforço redobrado da empresa, uma vez que hoje circulam no fluxo postal mais de 300 mil objetos internacionais diariamente, vindos de todas as partes do mundo.
Apreensão
Pedro Vinícius conta que comprou oito bilhetes para a Copa da Rússia na segunda etapa de vendas, ainda em 2017, e até agora não sabe quando as entradas chegarão. “Estou apenas com o Fan ID, que é a identidade para ter a entrada autorizada nos estádios, mas nada dos ingressos. Ainda assim, acredito que não terei maiores problemas”, aposta.
O estudante Marcos Fortes Rabelo, 20 anos, viaja com a família e a namorada em 12 de junho. “Por enquanto, nós estamos aguardando a chegada dos tíquetes. Caso eles não venham, teremos que procurar o Comitê Organizador Local (COL), lá na Rússia. Da outra vez que compramos no site da Fifa, chegou direitinho”, afirma.
Outro torcedor que também buscará medidas alternativas caso os bilhetes não cheguem é o jornalista Diego Abreu.
“Se eu soubesse que poderia ter essa demora dos Correios para a entrega dos ingressos, teria pedido para retirar na Rússia. Mas eu e meus amigos tivemos a informação de que seria dada prioridade na liberação dos ingressos para que nenhum torcedor brasileiro fique sem as entradas”, diz.
No entanto, acrescenta Diego, “caso não tenhamos os ingressos em mãos até perto da data da viagem, entraremos em contato com a Fifa para ver que medidas podemos tomar”.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles