Ex-campeão peso-pesado do UFC, Junior Cigano enfrentou a maior polêmica de sua carreira nos últimos meses. Flagrado em um exame antidoping pela USADA (agência antidoping americana), o atleta foi impedido de competir por nove meses antes de provar sua inocência. Desde então, todo o cuidado é pouco para o veterano.
Pouco depois de provar judicialmente que ele havia ingerido um suplemento contaminado, Cigano foi escalado para enfrentar Blagoy Ivanov no dia 14 de julho, nos EUA. No entanto, perto de retornar o octógono, o peso-pesado de 34 anos garante que ainda se sente desconfortável com toda a situação.
“Tenho uma luta agora, e toda a vez que eles aparecem, tento mostrar tudo que estou tomando. Mostro tudo porque estou com medo. Não sei. Isso aconteceu quando eu não tinha feito nada. Que Deus permita que isso não aconteça de novo. Fiquei com medo e isso me incomoda”, narrou durante conversa com o site “MMA Fighting”.
Ainda sobre o caso, o veterano afirmou que a forma como a USADA age não é perfeita. Afinal, apesar da guerra estabelecida contra o uso no doping no esporte, caso um lutador seja testado positivo em um primeiro momento, ele é automaticamente tratado como culpado e suspenso, antes mesmo de ser julgado.
“Eu perdi nove meses e isso foi horrível. O problema é que você é culpado antes de tudo. Você é culpado até provar sua inocência. Isso acontece apenas com a USADA. A lei diz que você é inocente até que provem que você é culpado. É bem difícil e não desejo isso a ninguém”, afirmou.
Ex-campeão do UFC, Cigano não atravessa boa fase. Desde 2014, o atleta se apresenta no octógono apenas uma vez por anos. Depois de lidar com lesões, alternar vitórias e derrotas e superar a polêmica com a USADA, o catarinense, enfim, parece pronto para engrenar uma nova sequência de combates no evento.
Fonte: UOL
Créditos: UOL