Conhecido por não ter “papas” na língua, Chael Sonnen sempre foi personagem polêmico no MMA mundial. O norte-americano esteve em ação no GP dos Pesados do Bellator e chegou a semifinal, onde foi derrotado por Fedor Emelianenko. Em entrevista à TATAME, o lutador fez uma análise da luta e garantiu que foi um processo de aprendizagem.
Minha opinião é… Eu não consegui o resultado esperado, que era ganhar (a luta). Às vezes é difícil para o fã casual entender e apreciar o tipo de estratégia que empreguei na luta contra o Fedor e contra todos os meus oponentes de modo geral. Às vezes, eu uso a primeira luta como uma missão de apuração dos fatos, coleta de dados, padrões de rastreamento. A batalha nunca acaba até que eu vença. Às vezes, isso leva várias sessões, como terapia. E como uma terapia, às vezes o que parece a princípio como um revés é, na verdade, um avanço, mostrando o caminho para a vitória total – destacou Sonnen.
Sobre o futuro dentro da organização, Sonnen disse que ainda não sabe quem será o próximo oponente, mas fez pontuações importantes: – Eu vou lutar de novo em breve, não será de peso-pesado e com quem quer que eu lute, eu vou demolir – projetou.
Em setembro de 2018, através das redes sociais, Vitor Belfort, que prometeu voltar a lutar em 2019, disparou contra uma série de lutadores, incluindo Sonnen, seu antigo desafeto na época do Ultimate. Chael foi breve ao falar do “Phenom” e o cutucou: – Ele é um senhor com um moicano. Comentários adicionais parecem supérfluos – rebateu.
Já com Anderson Silva, que tem o retorno programado para fevereiro deste ano no UFC 234 após cumprir suspensão por doping, contra a estrela em ascensão Israel Adesanya, Sonnen teve uma marcante rivalidade. Os dois se enfrentaram duas vezes, em ambas com vitória para “Spider”. Porém, no primeiro encontro, o norte-americano impôs o seu jogo, levou a melhor na pontuação, no entanto, foi finalizado no último round.
Chael disse que acabou com a “mística” de Anderson no primeiro compromisso dos dois, em agosto de 2010, e que não tem mais nada para ensinar ao ex-campeão: – Em nossa primeira luta, eu destruí a mística dele. O que isso revelou foi o homenzinho que estava por trás da mística. Posteriormente, ele lidou com suas próprias parcelas de desafios. Esses desafios fizeram dele um homem melhor. Não tenho mais nada para ensiná-lo – apontou.
A respeito da rivalidade com lutadores brasileiros, Sonnen disse que isso é coincidência. O norte-americano já lutou contra nomes como Anderson Silva, Wanderlei Silva, Maurício Shogun, entre outros. O lutador elogiou o país e disse que tem grandes nomes no Brasil.
O fato de eu ter rivalidades com lutadores e alguns deles serem brasileiros é mera coincidência. Existem muitos grandes lutadores no Brasil. Eu luto contra grandes lutadores. A porcentagem de idiotas que eu luto do Brasil não é diferente da porcentagem de idiotas que eu luto em geral, de todos os lugares. São cerca de 90% de idiotas – frisou.
Sobre o trash talk, adotado por Sonnen com maior contundência na época do UFC, o lutador disse que alguns lutadores tentam, mas não sabem fazer e que falta “imaginação”.
Todo mundo é diferente. Alguns caras não deveriam tentar promover suas lutas assim. Eles acabam parecendo desajeitados, eu os ridicularizo. Alguns podem fazer isso um pouco, mas, geralmente, os lutadores são imaturos e sem imaginação – encerrou.
Fonte: Lance!
Créditos: Tatame