“Nos deixou o melhor jogador de futebol da história”, escreveu a Conmebol em uma postagem institucional em sua conta no Twitter tão logo se confirmou a morte de Diego Maradona, 60, na última quarta-feira (25). E mesmo diante de toda a comoção do momento, a mensagem não deixou de incomodar brasileiros. Principalmente na CBF. A cúpula da confederação brasileira não recebeu bem a referência ao ídolo argentino. O fato de apontar o campeão mundial de 1986 como “o melhor” e, indiretamente, colocá-lo acima de Pelé gerou um tremendo mal-estar nos bastidores da entidade.
O fato de o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, endossar a questão aumentou o incômodo: “É uma honra para mim ter tido uma relação muito amigável com o melhor jogador do mundo”, recordou o cartola em sua conta pessoal. Interlocutores da CBF comunicaram a insatisfação ao mandatário do futebol sul-americano. Por ora, os dirigentes brasileiros descartam uma manifestação oficial sobre o caso. A ideia é acompanhar os desdobramentos. Caso enxerguem necessidade, eles admitem documentar formalmente o incômodo à Conmebol.
Conmebol tenta amenizar polêmica
A Conmebol, por sua vez, evitou polemizar. Alejandro Domínguez tentou colocar panos quentes e fez chegar à CBF o recado de que considera Pelé e Maradona do mesmo nível: “os dois são os melhores”, comentou com os envolvidos. Ao final do dia, após toda a celeuma, um dos diversos textos publicados pela confederação sul-americana citava, então, o ídolo argentino como “um dos melhores” jogadores de futebol da história. (Por Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos)
Fonte: UOL
Créditos: UOL