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CBF aprova que investidores estrangeiros comprem clubes brasileiros

Além da legislação em discussão no Congresso, a CBF também discute internamente uma regulação para os clubes que queiram se transformar em empresas.

CBF aprova que investidores estrangeiros comprem clubes brasileiros

Há uma discussão em curso entre governo federal, Congresso e Confederação Brasileira de Futebol em torno de um projeto que crie regras para os clubes brasileiros se transformarem em empresas. Atualmente, esse tipo de medida é possível, mas não há uma regulação clara. A CBF deu uma sinalização de que não vê motivos para haver restrições para que empresas ou pessoas de fora do país adquiram os direitos sobre agremiações.

Desde sua posse, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, tem defendido como um dos projetos mais importantes para o futebol do país a questão da atração de investimentos para os clubes. Sua ideia é que isso seja feito por meio de profissionalização, possivelmente com clubes-empresas. Já teve encontros com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para discutir o projeto de lei que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

“O primeiro momento é de trazer investimentos para os clubes e não há porque haverá restrição”, explicou Caboclo, ao falar sobre a possibilidade de estrangeiros entrarem no país. O Red Bull já tem como acionista a empresa austríaca que também está envolvida no projeto de compra do Bragantino, líder da Série B.

No exterior, a Inglaterra não tem restrições a um estrangeiro comprar um clube, como ocorreu no Chelsea, Manchester City e Liverpool, entre outros. Já na Alemanha, a liga tem uma limitação (50 +1) pela qual nenhum indivíduo pode ser acionista majoritário sozinho, a não ser que tenha 20 anos como sócio do clube, caso da Volkswagen. Assim, os clubes sociais têm que deter a maioria. Atualmente, a liga alemão debate rever essa regra.

Caboclo entende que há pontos a avançar na legislação e vê Rodrigo Maia como preparado para tocar esse projeto. Entre os pontos discutidos pelo presidente da Câmara, estava uma anistia temporária de impostos para clubes que fizessem a transformação em empresa. Mas isso seria só por um tempo. A confederação afirma não ter se envolvido nesta questão de isenções tributárias para os times.

“A CBF é uma entidade que já abre mão de isenção e paga R$ 100 milhões em impostos por ano. Não é nosso papel fazer esse tipo de pedido ao Congresso”, analisou Caboclo. Ele entende também que o projeto não pode prever obrigatoriedade de transformação, mas, sim, ter regras para esse processo. Até porque vê como vetada pela Constituição essa imposição.

Além da legislação em discussão no Congresso, a CBF também discute internamente uma regulação para os clubes que queiram se transformar em empresas. Assim, estabeleceria como o processo ocorreria e se haveria limitações. Isso ainda não está pronto.

Fonte: UOL
Créditos: UOL