Dona Anita, avó do jogador Daniel Corrêa, morto em outubro do ano passado em caso que chocou o Brasil, não sabe até hoje que o neto foi assassinado.
Aos 92 anos, a aposentada acredita que o jogador acabou passando mal em campo e morreu durante um treino.
Anita diz que foi o irmão quem deu a notícia e explicou a “causa” da morte. “Passou mal, acho que chegou a ir para o hospital, não sei, e morreu”.
A idosa também detalhou como soube da morte. “Eu estava deitada de manhã e foi chegando gente. Perguntei se tinha acontecido alguma coisa. E meu irmão sentou perto de mim e falou: ‘Aconteceu, o Daniel’. Eu perguntei se ele tinha machucado, e ele falou: ‘Não, ele morreu'”.
Segundo a reportagem, os filhos de Anita preferem esconder a verdade para preservar a saúde da idosa, já que ela pode não “aguentar” caso saiba o que realmente aconteceu. A televisão da casa da vó de Daniel ficou desligada por 40 dias para evitar que a notícia chegasse até ela.
Relembre o caso:
Daniel Correa foi morto no dia 27 de outubro de 2018 depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes. Após celebração em uma boate de Curitiba, todos seguiram para a casa da aniversariante, onde o jogador foi espancado antes de ser levado dali de carro para a morte.
Daniel foi degolado e teve o pênis cortado. Edison Brittes Júnior, pai de Allana, confessou o crime. No carro que levou o jogador para ser morto ainda estavam David Vollero, Ygor King e Eduardo da Silva, também presos acusados de participação no homicídio.
Segundo Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, Daniel tentou abusar de sua mulher, Cristiana Brittes, e por isso iniciou a sessão de espancamento do jogador, ainda em sua casa.
A polícia afirma que, além de ter matado Daniel, Edison Brittes ameaçou testemunhas do crime e fez com que todos os presentes na casa limpassem o local para apagar as provas de que Daniel esteve ali.
A sétima ré denunciada à Justiça é Evellyn Perusso, ficante de Daniel na noite anterior ao crime. A garota, amiga de Allana, responde por falso testemunho e denunciação caluniosa.
Fonte: UOL
Créditos: UOL