A jogadora de vôlei Tandara Caixeta foi condenada, nesta segunda-feira (23), por doping, pelo uso de Ostarina. A atleta está suspensa das quadras por quatro anos – pena máxima. A punição se deu depois de oito horas de julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem. A oposta ainda pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
A pena é retroativa à data da coleta do exame, feito em julho de 2021, antes de Tandara embarcar para os Jogos Olímpicos. Com isso, a jogadora só poderá voltar a atuar em 2025, quando estiver com 37 anos de idade.
A Ostarina é um SARM, ou seja, um modulador seletivo de receptor de androgênio. Esse tipo de substância tem comercialização proibida no Brasil e seus resultados são semelhantes aos proporcionados por esteroides anabolizantes. O ganho de explosão muscular sem ganho de peso é um deles.
Tandara foi suspensa de forma preventiva durante a disputa das Olimpíadas no Japão, em 5 de agosto do ano passado, véspera da semifinal dos Jogos. À época, foi expulsa da Vila Olímpica.
Alegando contaminação cruzada, a atleta chegou a processar duas farmácias. Entretanto, por conta de informações contraditórias, o argumento acabou sendo invalidado.
Atleta do Osasco, Tandara foi campeã olímpica em Londres 2012 e bronze no Mundial de 2014, na Itália. Além disso, soma três títulos de Grand Prix no currículo, uma Copa dos Campeões e um Pan-Americano. Agora, não poderá defender o clube paulista pelos próximos três anos, e estará suspensa durante os Jogos de Paris, em 2024.
Fonte: Folha PE
Créditos: Polêmica Paraíba