Imagens de câmeras de segurança mostram o jogador Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, tomando chope em um restaurante no dia em que atropelou e matou um casal de professores no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O caso aconteceu no dia 30 de dezembro. De acordo com a polícia, o jogador bebeu 5 chopes e uma água.
Em entrevista ao Fantástico em janeiro, Marcinho confirmou ter ido ao restaurante com amigos, mas negou ter consumido bebida alcoólica no local. O jogador se apresentou à polícia cinco dias depois do atropelamento, o que não permitiu exame toxicológico.
“Estávamos conversando. Não ingerimos nada, eles até beberam, eu fiquei sem beber nada”, disse o jogador na época.
Pelo vídeo, é possível ver quando Marcinho chega ao restaurante, às 10h59. De blusa branca e máscara preta, ele cumprimenta um garçom e se senta em uma mesa com outro homem. Pouco depois, às 11h02, mais duas pessoas chegam e se juntam ao jogador.
O restaurante fica no bairro Engenho de Dentro, próximo ao Engenhão, estádio do Botafogo, time que Marcinho tinha contrato. O encontro aconteceu no mesmo dia em que o jogador atropelou e matou o casal de professores no Recreio.
Alexandre Silva de Lima era engenheiro mecânico e morreu na hora. A mulher dele, Maria Cristina José Soares, era química. Ela chegou a ficar ficou uma semana internada, mas acabou morrendo. Os dois eram professores do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet).
As investigações contradizem a versão de Marcinho. Segundo o delegado responsável pelo caso, o jogador ingeriu bebida alcoólica no restaurante. Mas como ele saiu do local antes das 14h e o atropelamento aconteceu após às 20h30, não há como afirmar que ele dirigiu sob a influência de álcool.
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Inquérito enviado ao MP
O inquérito foi concluído essa semana e encaminhado ao Ministério Público, que vai analisar os documentos e decidir se a investigação precisa continuar, se oferece denúncia à Justiça ou se arquiva o caso.
Marcinho foi indiciado por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O jogador dirigia o carro entre 86km/h e 110km/h, acima do limite permitido, que é de 70km/h. Segundo a polícia, Marcinho falhou no cuidado objetivo e subjetivo e causou duas mortes não intencionais por causa de imprudência.
O inquérito ainda diz que as alegações de que teria fugido e não prestado socorro por medo de linchamento não foram comprovadas, já que não havia risco concreto à sua integridade.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: G1 PB com Polêmica Paraíba
