A gaúcha Mayra Aguiar, de 28 anos, conquistou nesta sexta-feira a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Judô, disputado na arena Nippon Budokan, em Tóquio, no Japão, na categoria meio-pesado (78kg). Número 1 do ranking mundial, a bicampeã do mundo caiu para a francesa Madeleine Malonga na semifinal, mas se recuperou na disputa do terceiro lugar e derrotou a portuguesa Patricia Sampaio por ippon para garantir mais um pódio em seu vasto currículo. Essa é a sexta medalha da brasileira em mundiais. Antes, ela levou dois ouros, uma prata e dois bronzes.
Depois de conquistar o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, Mayra sonhava com o tricampeonato mundial. A brasileira foi campeã mundial pela primeira vez em Chelyabinsk 2014 e depois levou o bi em Budapeste 2017. Antes da semi, Mayra bateu a portuguesa Yahima Ramirez na estreia em apenas 26 segundos, tirou Sarah-Myriam Mazouz, do Gabão, no segundo round, também de forma relâmpago (16 segundos), e passou por Loriana Kuka, do Kosovo, em um confronto mais duro.
Mayra Aguiar vive um grande momento em sua carreira e é uma das atletas mais cotadas para brigar pelo ouro olímpico em Tóquio 2020. O judô, aliás, será disputado na mesma arena onde ocorre o Mundial, a Nippon Budokan. Na temporada de 2019, a gaúcha abriu o calendário com a prata do Europeu de Oberwart.
Depois, foi ouro no Grand Slam de Dusseldorf, vice-colocada no Grand Slam de Ecaterimburgo, foi campeã no Pan-Americano de Judô no Peru e ganhou o Grand Prix de Budapeste. Por fim, foi ao topo do pódio pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos de Lima. De sete torneios internacionais disputados antes do Mundial, ela só saiu sem medalha do Grand Slam de Baku, em que foi sétima colocada.
O caminho de Mayra Aguiar
Mayra Aguiar começou sua participação no Mundial de Tóquio diante da portuguesa Yahima Ramirez. E demoraram somente 26 segundos para que ela conseguisse um waza-ari e complementasse com a imobilização para fechar a vitória por ippon.
No confronto seguinte, foi a vez de Sarah-Myriam Mazouz, do Gabão. Mais uma vez, Mayra parecia disposta a resolver tudo rapidamente, pensando nas lutas mais para frente na competição. Somente 17 segundos separavam a brasileira do triunfo, novamente por ippon.
Na sequência, ela encarou Loriana Kuka, do Kosovo, campeã do Grand Prix de Tbilisi em 2019, nas quartas. E foi o confronto mais duro até então. A rival de Mayra não dava muita abertura. Ambas tomaram shidos. Na segunda vez, contudo, o árbitro tirou o da judoca europeia em uma decisão controversa. À gaúcha, restou partir para cima. E ela conseguiu vencer por ippon.
A competidora seguinte no torneio foi a francesa Madeleine Malonga, número 4 do mundo, contra quem Mayra havia lutado somente duas vezes, em 2017 e 2016, tendo uma vitória e uma derrota. E, mais uma vez, a gaúcha perdeu para a europeia. A luta foi dura, mas Malonga encaixou um golpe e venceu por ippon, empurrando a brasileira para a disputa do terceiro lugar diante da portuguesa Patricia Sampaio.
Mayra Aguiar teve pouco tempo para se recuperar da luta da semifinal para encarar a lusitana, que estava descansada já que sua rival da repescagem, a chinesa Zhenzhao Ma, não entrou no tatame por conta de uma lesão. Mesmo assim, a gaúcha fez valer seu favoritismo e saiu vitoriosa, garantindo a medalha de bronze para o Brasil com um ippon sobre a adversária. Trata-se da segunda do país nesse Mundial, já que Rafaela Silva, da categoria -57kg, também subiu ao pódio em terceiro lugar.
Fonte: Globo Esporte
Créditos: Polêmica Paraíba