Análise

Botafogo-PB leva mais um gol na bola aérea e cria pouco em tropeço na estreia da Série C

O Botafogo-PB teve muita dificuldade de furar o bloqueio do Ferroviário e acabou tropeçando em seu primeiro compromisso pela Série C do Campeonato Brasileiro.Jogando em casa, o Belo empatou por 1 a 1, com dois gols de bolas paradas. Enquanto o time mostra que é bom no fundamento no ataque, vem sofrendo com esses tipos de lance na defesa. Dos últimos sete gols sofridos pela equipe, quatro foram após cruzamentos na área.

Na partida deste domingo, no Estádio Almeidão, Evaristo Piza teve um grande desfalque. Marcos Aurélio sentiu a coxa no treinamento da sexta-feira, não se recuperou a tempo e fez muita falta em campo.

Com esse problema, Evaristo Piza promoveu a entrada de Juninho para jogar por dentro, mais à direita, onde normalmente joga Marcos Vinícius, e colocou o xará do camisa 10 do Belo em seu lugar, mais centralizado, atrás de Nando. O time entrou em campo formado por Saulo, Israel, Lula, Donato e Fábio Alves; Rogério, Juninho, Clayton, Marcos Vinícius e Dico; Nando.

O Ferroviário veio a campo a fim de fechar mais espaço do que atacar. Aproximou as linhas e deixou a bola com o Belo. O time pessoense, no entanto, mais uma vez sentiu dificuldade para encontrar caminhos, como foi, por exemplo, contra o Londrina. Girou muito a bola, mas pouco criou.

Conseguiu finalizar bem uma vez com Dico, mas construiu mais à base da bola parada, com Fábio Alves. Em uma dessas criações, o lateral-esquerdo colocou a bola na cabeça de Nando, que, impedido, abriu o placar da partida.

O empate veio da mesma maneira. O Ferroviário também não conseguia construir. Até o gol sofrido, se preocupava mais em se fechar. Mas aos 41 minutos do primeiro tempo, achou um gol. De bola parada. Dos últimos sete gols, é o quarto de bola cruzada que o time de Evaristo Piza sofre. Erro de todo o sistema defensivo, segundo o técnico.

Na segunda etapa, o Botafogo-PB não voltou melhor. E o time cearense passou a se arriscar mais e com mais qualidade, sobretudo, em contra-ataques. O Belo acabou flertando bastante com a derrota, principalmente na reta final do jogo, quando criou chances claras e desperdiçou, mas sofreu golpes quase letais. Um salvo por Saulo, outro para fora, e outro salvo por Fábio Alves, em três bons ataques do Ferroviário.

Com o time tendo dificuldades de criar desde o primeiro tempo, Clayton passou a buscar a bola, algumas vezes, no campo defensivo. Não se omitiu. Errou mais passes do que o normal, mas também foi o responsável por criar boas chances na segunda etapa. Foi a peça mais criativa da equipe. Apanhou bastante – como é comum -, se irritou e acabou levando cartão amarelo, após reclamação com a arbitragem, como também não é novidade.

Evaristo Piza tentou arriscar na segunda etapa e promoveu três estreias. Entraram Hiago, Felipe Alves e Erivélton. Dos três, Felipe foi quem se sentiu mais à vontade na partida. Finalizou, achou bons passes e teve um começo bem promissor. Ainda assim, as modificações não foram suficientes para o desempate.

Outro fator que dificultou a desenvoltura em termos de criação do time foram as más atuações dos alas. Embora tenha dado uma assistência para o gol de Nando, Fábio Alves pouco atacou e, quando ficou mais solto, na segunda etapa, não subiu com qualidade.

O pior em campo, no entanto, foi o lateral-direito Israel. É ele normalmente o escolhido dos alas para subir mais, dar opção no ataque, mas, mais uma vez, não fez isso bem. Não ajudou a construir pelo lado direito, deu muito espaço ao lado esquerdo do Ferrão e foi o pior em campo na partida deste domingo.

Agora, o Botafogo-PB começa a sua preparação para o segundo jogo da Série C. O elenco se reapresentou na manhã desta segunda, e nesta terça-feira volta a treinar com bola, de olho no Sampaio Corrêa. O time encara a Bolívia Querida no sábado, no Estádio Castelão, em São Luís, às 17h.

Fonte: Globo Esporte PB
Créditos: Globo Esporte PB