Após vitória Serginho Moraes diz que gostaria de enfrentar campeão

Serginho Moraes acumulou sete lutas sem perder no UFC – seis vitórias e um empate – no último sábado, ao vencer Davi Ramos por decisão unânime em Fortaleza. O lutador meio-médio agora não quer saber de apenas somar triunfos para o currículo. Ele quer duelos que o ponham definitivamente na rota do cinturão da divisão, hoje sob posse de Tyron Woodley. Apesar de ressaltar que não escolhe adversário, Serginho espera que encontre pela frente um top 10 no seu próximo compromisso no cage.

– Pegar um novato é sempre difícil, porque você nunca assistiu ele. Mas trabalho para o UFC e quem eles mandarem para mim, vou lutar. Mas acho que já estou na sétima vitória nessa categoria, já lutei com um cara do top 10, já finalizei e mereço um top 10. Uma luta marcada, certa e que ele não se machuque. Quero lutar com um top 10, mas deixo para o UFC decidir. Entre os top 10, escolhe um e manda – avisou após a luta em Fortaleza, diante do compatriota que estreava no Ultimate.

O lutador paulista enfrentaria Max Griffin na capital cearense, mas uma lesão do americano o tirou do combate uma semana antes. O UFC agiu rápido e ofereceu um duelo com Davi Ramos, colocando frente a frente dois dos principais nomes do jiu-jítsu no mundo. Serginho, de 34 anos, é tricampeão mundial da “Arte Suave” e conquistou sete de suas 11 vitórias através de finalizações. Já Davi, quatro anos mais novo, foi campeão da Copa do Mundo no peso e no absoluto e conquistou o Mundial do ADCC em 2015. No MMA, Ramos tem seis vitórias e, agora, duas derrotas.

– A luta foi difícil, mas normal. Queria ter me apresentado melhor, mas mudou de adversário faltando uma semana. Estava treinando para um adversário totalmente diferente, de repente ele se machuca e vem um cara tão bom quanto eu no chão. Tenho que me preocupar com a luta no chão também, sabia que tinha o risco de um golpe encaixar e eu ou ele bater. É complicado. Segui a estratégia do córner, manter a luta em pé, golpeando quando ele abria espaços. É complicado falar, mas acho que ganhei a luta fácil, mas nada de espetáculo (…). A gente estava trabalhando para um cara que não ia querer o chão. Um cara totalmente diferente, que jogava golpe reto e, de repente, me mandam o Davi. Um cara mais baixo, que gosta de cruzar e tão bom no chão quanto eu. Então, isso muda totalmente a estratégia – explicou Serginho.