O atacante Kleber Gladiador, do Coritiba, pegou uma pena pesada no STJD nesta quarta-feira (28). O jogador foi suspenso por 15 partidas pela soma dos episódios protagonizados no jogo contra o Bahia, sendo nove partidas pela cusparada no volante Edson e seis jogos por um soco no mesmo atleta. Edson também foi denunciado pela cusparada, mas pegou seis jogos. Cabe recurso.
Como Kleber fora suspenso preventivamente e já cumpriu a automática, três jogos do gancho já contaram. Portanto, ficam pendentes de cumprimento ainda 12 jogos para o atacante do Coxa. No caso de Edson, só a automática foi cumprida, ficando ainda cinco jogos.
Advogado do Coxa, Itamar Côrtes permanecerá no Rio para, nesta quinta-feira, dar entrada no pedido de efeito suspensivo para que o jogador esteja a disposição na partida contra o Vasco. A Lei Pelé diz que a concessão de efeito suspensivo é obrigatória em casos nos quais a punição seja maior do que dois jogos consecutivos.
Kleber veio ao Rio para dar depoimento no julgamento e não negou a cusparada. Edson não compareceu à audiência no STJD. O atacante do Coritiba tentou sensibilizar os auditores da 3ª Comissão Disciplinar, citando o litígio que tem com a ex-esposa por causa da guarda da filha de 13 anos.
– Para mim, foi uma semana muito difícil. Estava brigando pela guarda da minha filha. Infelizmente o que aconteceu na semana interferiu nas minhas reações e no meu comportamento técnico tático e na minha liderança dentro do grupo. Talvez para mim seria mais fácil ter pedido para não jogar, mas, pela importância que tenho no grupo e pela importância do grupo, não fiz. Foi uma semana complicada. Tudo começou praticamente no primeiro lance do jogo. Depois daquele momento, os jogadores do Bahia começaram a provocar. Em alguns momentos da partida, acabei perdendo a cabeça – disse Kleber, em depoimento aos auditores.
Os julgadores ressaltaram que a cusparada, o fato mais grave e que prevê pena mínima de seis jogos, não poderia ser tolerada.
– Os jogadores têm que lembrar que há várias câmeras de TV. A imagem é clara. Não vou levar em conta se o Kleber não vem aqui há 5 anos, 10 anos. Cusparada é pior do que soco na cara. Isso é nojento. Cuspe na cara? Só Jesus aceitou e deu a outra face – disse o relator do caso, o auditor Otacílio Araújo.
Fonte: Portal Lance