No início da madrugada desta terça-feira (3), Alison dos Santos, o Piu, escreveu um capítulo importante na história dos 400 metros com barreiras nas Olimpíadas de Tóquio, ao conquistar a medalha de bronze na prova mais rápida de todos os tempos. Horas depois, ao subir ao pódio, o brasileiro também se diferenciou: foi o primeiro atleta do país a prestar continência durante a premiação.
O gesto da continência no pódio é polêmico, porque muitos enxergam como uma ação política. Até porque, no caso brasileiro, os militares fazem parte do governo de Jair Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, ocupando ministérios e cargos nos mais diversos escalões.
Piu é atleta do Clube Pinheiros e também faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil. Os brasileiros que integram a ação contam com os benefícios da carreira militar: soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta, além de estruturas esportivas em organizações militares.
Mesmo não sendo oficiais de carreira – no caso de Alison, ele é 3º Sargento —, todos os atletas precisam passar por treinamento militar regular, o que consiste de, em tempos em tempos, se juntar aos militares regulares para treinamentos em quartéis.
O nadador Fernando Scheffer, o judoca Daniel Cargnin e a velejadora Kahena Kunze também integram as Forças Armadas. Eles conquistaram medalhas em suas respectivas modalidades, mas não prestaram continência no pódio.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba