O lateral Alan Ruschel recebeu alta médica desta sexta-feira (16) e é o primeiro dos quatro sobreviventes brasileiros do acidente com o avião da Chapecoense a deixar o hospital. O atleta deixou o Hospital Unimed Chapecó em uma cadeira de rodas por volta das 16h20 (horário de Brasília) e embarcou em um carro de familiares antes de ir para casa sob aplausos.
Ruschel foi quem teve melhor recuperação entre os quatro desde as primeiras notícias. A tragédia ocorreu na madrugada do dia 29 de novembro, e o jogador permaneceu internado em Medellín, na Colômbia, até 13 de dezembro, quando foi transferido ao Brasil. No seu país natal, tornou a ser internado no hospital de Chapecó.
Alan foi o primeiro a gravar vídeo para mostrar a evolução de seu quadro clínico e tem usado as redes sociais para mandar mensagens aos torcedores e aos familiares. Em sua última manifestação pública, disse que “segue na luta” para se recuperar.
“Os planos de Deus são maiores que os meus, tão grande que eu não posso imaginar. Obrigado a todos pelo carinho, pela força, pelas orações e pensamentos positivos. Seguimos na luta e honraremos aqueles que foram morar com Deus. Pai, peço que ampare seus familiares e que os conforte!! Deus, obrigado pela misericórdia deste milagre, o Senhor é maravilhoso. Obrigado!”, escreveu o jogador no Instagram.
Rafael Henzel, Neto e Jackson Follmann também já estão no Brasil, mas estes três seguem internados. A expectativa é de que o jornalista Henzel seja o próximo a receber alta, prevista para a segunda-feira (19).
O zagueiro Neto foi quem mais passou tempo no local do acidente antes de ser resgatado, cerca de 7 horas, e não por menos é o sobrevivente com estado mais delicado. Na última semana, seu quadro evoluiu positivamente. Nesta sexta, a doutora Juliana Foresti deu detalhes da condição do atleta.
“O Neto chegou ontem para a gente. Ele tem uma lesão na quinta vértebra lombar, mas não precisará de cirurgia. Ele tem mobilidade, faz fisioterapia, mas não pode andar ainda. Também teve lesão de tendão patelar direito e será feita avaliação. Tem lesões de pele no tornozelo esquerdo, que tem secreção. Ele está respirando bem e se alimentou melhor, mas dormiu pouco. Está estável e sem previsão de alta”, explicou.
No dia 29 de novembro, o avião que levava o time da Chapecoense a Medellín, para a primeira final internacional da história do clube (da Copa Sul-Americana), caiu em território colombiano. Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram. Ximena Suárez e Erwin Tumiri, tripulantes bolivianos, são os dois outros sobreviventes além dos brasileiros
Fonte: UOL