Xuxa Meneghel fez um novo apelo à Justiça e registrou uma queixa-crime contra Sikêra Jr. A apresentadora da Record quer provar que o funcionário da RedeTV! tem associado equivocadamente seu nome aos crimes de pedofilia e apologia às drogas. Além disso, reforça que é vítima de difamação e injúria. Ela diz que o rival se vale de argumentos misóginos, machistas e mentirosos para tentar desqualificá-la diariamente no programa Alerta Nacional.
O novo documento foi protocolado em 20 de novembro no Juizado Especial Criminal do Fórum Regional de Santo Amaro, em São Paulo, e traz termos ainda mais duros para convencer a Justiça de que Sikêra Jr. excedeu os limites que competem à profissão de jornalista.
Os advogados de Xuxa pedem urgência para a solução do caso, uma vez que o apresentador da RedeTV! segue utilizando seu espaço diário para associá-la aos crimes de pedofilia e apologia às drogas.
“A vileza e a infâmia contida as manifestações pensadas e voltadas a ofender a honra da vítima adquirem relevo ainda mais indecoroso e desprezível, vez que a querelante [Xuxa] foi vítima de abuso sexual na infância e uma das primeiras mulheres públicas a relatar abusos dessa natureza, de modo a manter hígida a luta pelo direito à inviolabilidade sexual de crianças e adolescentes”, diz parte do apelo da defesa da apresentadora.
Além de apontar o início da briga pública entre as partes, a queixa-crime traz a transcrição das falas de Sikêra Jr. após tomar conhecimento do processo que Xuxa abriu contra ele. Na ocasião, o apresentador voltou a atacar a rainha dos baixinhos, usando termos duros e se referindo a ela como “dona Maria”.
“O cenário narrado demonstra que as falas do apresentador não tinham a mínima intenção de cumprir seu dever jornalístico, mas sim ofender a querelante [Xuxa], ultrapassando a barreira do direito à liberdade de imprensa e manifestação”, aponta o documento.
Os advogados de Xuxa qualificam Sikêra Jr. como mentiroso, desequilibrado, irresponsável, covarde, machista e misógino. Todos os adjetivos foram empregados em momentos distintos, de acordo com os recortes das transcrições das falas do apresentador proferidas no Alerta Nacional.
Na lista de pedidos presentes na queixa-crime, os advogados apelam para a condenação do apresentador nos crimes de calúnia, difamação e injúria. Além disso, deixam clara a vontade de não realizarem nenhuma audiência de conciliação, uma praxe jurídica em processos desta natureza. E também pedem para que o funcionário da RedeTV! arque com todos os custos do processo, incluindo os honorários da defesa de Xuxa.
A reportagem procurou Sikêra Jr., mas ele não respondeu as mensagens até a publicação deste texto.
Xuxa x Sikêra Jr.
Os ataques do comunicador a Xuxa Meneghel começaram depois que a apresentadora compartilhou um vídeo que o jornalista exibiu no Alerta Nacional, no qual um homem aparecia estuprando uma égua. Sikêra fez graça com a situação e convocou dois membros de seu programa para simularem a cena ao vivo.
A loira se manifestou nas redes sociais, e o apresentador iniciou os ataques. A chamou de pedófila, usando como argumento o fato de a loira ter atuado no filme Amor Estranho Amor (1982), e a acusou de fazer apologia às drogas, por uma vez ela ter dito em entrevista que sua mãe, dona Alda Meneghel (1937-2018), fazia uso de maconha medicinal para amenizar sintomas de sua doença degenerativa.
Sikêra também afirmou que Xuxa incentiva as crianças a “safadeza, putaria e suruba” por ter lançado recentemente o livro Maya, o Bebê Arco-Íris, que conta a história de uma garotinha que tem duas mães.
Diante das acusações, a apresentadora levou o caso à Justiça e alega que “o conteúdo exibido e prolatado pelo requerido é calunioso”. Xuxa afirma que os comentários do funcionário da RedeTV! “não se tratam de liberdade de expressão, mas de abuso de direito”.
Fonte: Notícias da TV
Créditos: Notícias da TV