A primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro foi marcada por protestos e a volta da rainha de bateria mais aguardada da noite, Juliana Paes (foto em destaque). A atriz voltou à frente da Grande Rio, após 10 anos afastada do Carnaval carioca.
Outros artistas como Thaila Ayala, Monique Alfradique, Gretchen, Rita Cadillac, Wanderléa, Paloma Bernardi e David Brazil também abrilhantaram o desfile da escola.
A Grande Rio fez um enredo em homenagem a Chacrinha. Mas, ainda na concentração, a 500 metros da entrada da Marquês de Sapucaí, o último carro alegórico quebrou, e a escola não conseguiu terminar o desfile dentro do tempo, estourando 5 minutos.
O Paraíso do Tuiuti fez um desfile crítico sobre a persistência da escravidão no Brasil e a reforma da Previdência, inclusive com uma ala exibindo uma carteira de trabalho chamuscada.
No final, a agremiação trouxe um vampiro com uma faixa presidencial, representando o “presidente vampiro” do neoliberalismo. Muitos comentaram que o personagem fez alusão a Michel Temer (MDB/SP), mas a escola não confirmou essa afirmação.
A Mangueira desapontou como a primeira favorita ao título do Carnaval carioca de 2018. A verde e rosa exaltou em seu enredo escolas de samba e blocos de rua, e criticou abertamente o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), após o corte de verbas da prefeitura para a folia.
Um dos carros que representou Crivella teve um boneco de Judas e trazia a frase: “Prefeito, pecado é não brincar o Carnaval”. Outro destaque em carro levou faixa com os dizeres: “Olhai por nós, o prefeito não sabe o que faz”.
A Vila Isabel chegou repleta de luminosidade, com fantasias brilhantes e muita luz de LED, para representar as grandes invenções da humanidade. Como rainha de bateria, Sabrina Sato ousou na fantasia. A apresentadora usou um look dourado e transparente chamado Luz da Inspiração. O compositor Martinho da Vila comemorou seus 80 anos de avenida no abre-alas da agremiação.
Após sete anos longe da elite, o Império Serrano retornou ao Grupo Especial e homenageou o sambista Arlindo Cruz, que se recupera de um AVC. E, no enredo, a China foi representada.
A escola teve uma ala com 180 membros, incluindo Maria Rita e Regina Casé, e todos usavam camisas com as frases “Força, Arlindo” e “O show tem que continuar”, além de uma ilustração com o rosto do cantor.
A comissão de frente mostrou guerreiros com bambus e rostos pintados de branco, representando guardiões dos templos dourados.
Na tentativa de conquistar o título inédito no Grupo Especial, a São Clemente fez uma apresentação sobre os 200 anos da Escola de Belas Artes (EBA) do Rio.
A escola colocou o Carnaval dentro do Carnaval, ao levar seis alas inspiradas em desfiles criados por carnavalescos formados no EBA. Além disso, os alunos fizeram fantasias pintadas à mão e participaram da produção no barracão da São Clemente.
Encerrando a noite de desfiles do Grupo Especial do Rio, a Mocidade Independente de Padre Miguel, atual campeã junto com a Portela, exaltou a cultura indiana e mostrou suas semelhanças com o Brasil, até o dia raiar.
Os 265 integrantes da bateria se vestiram como se estivessem a caminho de um casamento indiano. A escola teve elefantes “puxando” o abre-alas e jacarés na frente do segundo carro.
As 28 alas, totalizando 3 mil componentes, seguiram o caminho das Índias na avenida, na tentativa de conquistar o sétimo título da história da Mocidade.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Laísa Lopes