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Vivendo nos EUA para cursar PhD, Gil do Vigor abre o jogo sobre vida sexual

Gil do Vigor foi uma das personalidades mais comentadas de 2021. Prestes a encerrar o ano, o economista, que foi apresentado ao Brasil durante o 'BBB', faz um balanço dos últimos meses é só alegria ao lançar 'Gil na Califórnia', seu mais novo documentário, produzido pelo Globoplay. Na produção, Gil garante que o público vai conhecer ainda mais de sua personalidade do que foi mostrado no reality show.

Gil do Vigor foi uma das personalidades mais comentadas de 2021. Prestes a encerrar o ano, o economista, que foi apresentado ao Brasil durante o ‘BBB’, faz um balanço dos últimos meses é só alegria ao lançar ‘Gil na Califórnia’, seu mais novo documentário, produzido pelo Globoplay. Na produção, Gil garante que o público vai conhecer ainda mais de sua personalidade do que foi mostrado no reality show.

“Mexe muito comigo ver a minha história retratada. Estou com o coração a 200 por hora. No ‘BBB’, eu não consegui me abrir, muitas vezes, preocupado de as pessoas me verem como vítima, coitado. Sempre tive o pensamento de que sou forte, eu posso, eu consigo. Mas, quando cheguei aos Estados Unidos, me deparei com dificuldades que nunca imaginei, mesmo tendo tido uma vida tão sofrida. As pessoas vão me ver diante de novos medos e desafios. Vão acompanhar um Gil que nem eu sabia que existia. Na Califórnia, eu conheci, de fato, a liberdade de ser quem sou. Ali tem um Gil muito diferente”, revela Gil.

E por falar em desafios, Gil abusa da sinceridade ao falar que adaptação nos EUA não foi tão fácil como parece. “Foi uma dificuldade! É cultural dos americanos serem autoconfiantes, quererem mandar. Eles se acham os regozijados do mundo todo. Então, chega um rapaz estrangeiro, latino, dizendo que vai pagar tudo pra viver esse regozijo, com câmeras acompanhando e milhões de seguidores no Instagram… Houve um choque. Fui acolhido por meus colegas de casa e alguns do PhD. Outros criaram uma repulsa, uma resistência a mim. Neste último mês é que eu consegui fazer amizade com a vizinhança. Descobri que é só pagar a cachaça que você vira o melhor amigo deles. Quando eu voltar das férias, já sei o que fazer (risos)”, brinca o ex-BBB.

Nova realidade

Com o bom humor que lhe é característico, Gil revela, inclusive, já ter vivido algumas saias justas no país. “Passei por vários perrengues. O idioma em si não foi o problema, mas a comunicação. Por exemplo: no Brasil, a gente fala ‘Eu gosto tanto de você!’ com frequência. Em inglês, o ‘I like you’ tem peso, e eu não sabia. Cheguei lá querendo socializar e falei ‘I like you so much’ pra todos os machos, que ficaram me olhando com medo. Quando me explicaram que lá significava estar apaixonado, tive que voltar em um por um e explicar: você é bonito e se quiser ‘tchaki tchaki’ comigo eu até aceito, mas é zero paixão aqui. Porque meu amor é de quenga. Só que traduzir isso é complicado, né (risos)? Comecei a ter receio de ofender, gerar mal-estar sem querer”, explica Gil.

Mas no que diz respeito à liberdade, Gil carrega elogios ao estilo de vida americano. Nesse sentido, o ex-BBB elogia a valorização da diversidade na Califórnia. “Em São Francisco, você fala que é gay e não ouve de volta: ‘Olha, não tenho nada contra’. Foi um diferencial pra mim não ser uma questão pra ninguém. A minha orientação sexual foi abraçada, ninguém me julga. Você pode ser quem é, vive o que quiser, não tem que dar explicações o tempo todo. Isso me trouxe uma grande sensação de liberdade. A bandeira do arco-íris está hasteada em todos os lugares. Isso é incrível! Eu dei uns beijinhos lá, mas não dei sorte para o tchaki tchaki”, revela o economista.

Saudades de casa

Apesar de todo sucesso e dinheiro, Gil sente falta de algumas coisas de sua ‘antiga vida’, principalmente quando o assunto é Nordeste.

“Eu chorei porque não tinha meu cuscuz lá, minhas comidas. Coisas tão simples começaram a fazer tanta importância na minha vida! Comprei uma casa pra minha mãe e não estava aqui junto com ela pra vivenciar isso. Esses sentimentos bateram forte em mim. E como senti falta das fofocas com os vizinhos, do acolhimento! Eu saía de casa e não via ninguém nas varandas, nas portas, nas ruas. Faltava o calor humano, a proximidade. No Recife, as pessoas querem compartilhar suas vidas; lá não, é cada um na sua, ninguém se mete”, se emociona o pernambucano de 30 anos que, apesar de todo reconhecimento, garante que a ficha ainda não.

“Não parece real. Parece que estou em coma num filme. E, se for isso, também está valendo a pena. Mas eu nunca vou me acostumar. Foram 30 anos tendo o mesmo estilo de vida. Esses últimos meses parecem milagre de Deus. Sabe quando Ele deu vista ao cego, fez o aleijado andar? Deus disse pra mim: ‘Gil do Vigor, vigorai!’. E eu fui”.

Fonte: O DIA
Créditos: Polêmica Paraíba