Muitas pessoas registraram as agressões da escrivã. Delegado irá apurar a responsabilidade criminal da agressora.
Uma escrivã da Polícia Civil em Petrolina, no Sertão pernambucano, foi flagrada agredindo dois homens na Avenida Monsenhor Ângelo Sampaio, na região central da cidade. Nas imagens, a mulher aparece tentando retirar um homem de dentro de um ônibus coletivo e o acusa de ter cometido um crime. Ela também dá um tapa no rosto de outro rapaz que estava olhando a confusão.
“Eu quero levar ele, sou Polícia Civil de Pernambuco”, dispara a escrivã, segurando o homem. Ela impede que o ônibus prossiga viagem. A Polícia Militar chega e imobiliza o homem e, ainda assim, a mulher o chuta. A atitude da policial revoltou as pessoas que estavam próximas.
A população pedia que a mulher fosse algemada. Muitas pessoas registaram as agressões. Tanto ela quanto o homem foram levados para a Delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento.
O delegado seccional da Polícia Civil, Marceone Ferreira, disse que todos os procedimentos legais sobre os casos foram tomados. O delegado disse ainda que a mulher estava afastada de suas funções. “Ela é escrivã da Polícia Civil, não está exercendo suas atividades. Ela está desarmada, a arma já foi recolhida pela instituição, tanto a arma quanto a sua funcional. Hoje ela já se encontra respondendo, tanto administrativamente quanto penalmente, pelos fatos que já se envolveu”, disse.
Em relação à atitude desta sexta-feira, a escrivã deverá responder por abuso de autoridade e por agressão. “O procedimento será concluído dentro do prazo legal e também será remetido ao Poder Judiciário com cópia para a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social, para que tome as medidas administrativas”, explicou o delegado. A mulher responderá ao inquérito em liberdade.
Outros crimes
A escrivã já responde por outros dois crimes: em setembro de 2011, a mulher foi presa em flagrante por peculato, crime contra a administração pública. Na ocasião ela havia roubado droga da delegacia.A escrivã também é acusada de participar da tortura dos jovens Diego e Alex em janeiro de 2010. Eles foram espancados para confessar participação de um roubo a um posto de combustíveis. Alex morreu após a tortura e posteriormente foi comprovado com os jovens não tinham envolvimento com o crime.
Fonte: G1 PE