Um dos principais compositores de samba do Brasil, José Inácio dos Santos, o Zé Katimba, será tema de enredo no Carnaval de 2019 na Paraíba, cidade onde nasceu.A homenagem irá embalar o desfile da escola de samba Malandros do Morro, atual campeã do grupo principal de João Pessoa.
Considerado pelos sambistas como um dos criadores da versão moderna do gênero samba-enredo, Zé Katimba participou da fundação da Imperatriz Leopoldinense, agremiação em que até hoje faz parte da ala de compositores.
Nascido na Paraíba, filho de poeta de cordel, Katimba revolucionou a composição de samba-enredo, no início da década de 1970, ao propor letras mais curtas e de linguagem mais coloquial.
“Estou muito feliz e emocionado com esta homenagem. Será algo muito forte, histórico e eterno. Fiquei muitos anos longe de minha terra. Receber esta homenagem será algo especial”, disse o poeta ao SRzd.
Zé Katimba – 13º Prêmio Plumas e Paetês. Foto: Nicolas Barbosa
Com 85 anos de idade, Zé Katimba é autor de mais de duas mil composições. Algumas já foram gravadas nas vozes de grandes nomes da música brasileira como Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Emílio Santiago, Elimar Santos, Demônios da Garoa, João Nogueira, Agepê, Simone, Julio Iglesias, Alcione, Leci Brandão, Elza Soares e Jorge Aragão, entre outros.
Entre muitas premiações e menções honrosas em sua carreira, destaque para a homenagem que recebeu no Carnaval de 2018 de Niterói, onde foi enredo da vice-campeã, Império de Araribóia. Com o título de “Zé Katimba – Filho do Cordel e Pai do Samba”, o desfile narrou a vida e obra do homenageado como a de um herói de uma história de cordel.
Zé Katimba
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Compositor. Cantor. Filho de José Ignácio dos Santos, violeiro, cantador e poeta de cordel. Pai do cantor e compositor Inácio Rios. Foi para o Rio de Janeiro com dez anos de idade, indo morar no Morro do Adeus, no bairro de Ramos, Zona Norte da cidade. Seu apelido surgiu nas peladas de futebol do morro. Em 1959, então com 16 anos, participou na fundação da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense. Por essa época, já compunha sambas. Começou como puxador de corda, que separava a escola do público, depois virou passista e chegou a mestre-sala. Comandou diversas alas da escola e chegou à Vice-Presidência da agremiação. No ano de 1972, o sucesso de “Martim Cererê” fez com que Zé Katimba virasse personagem da novela “Bandeira 2”, da Rede Globo, escrita por Dias Gomes, com Grande Otelo no papel de sambista. Além de “Martim Cererê”, tema de abertura, outras duas músicas de sua autoria fizeram parte da trilha sonora, que vendeu 700 mil cópias. No ano de 2008 retornou à Imperatriz Leopoldinense, da qual havia se afastado há alguns anos. No ano seguinte, em 2009, foi lançada a biografia do compositor. Escrita pelo jornalista Fernando Paulino “Zé Catimba – que grande destino reservaram pra você!”, o livro foi lançado no bar Estrela da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, com uma roda de samba comandada pelo filho do compositor Inácio Rios. O livro foi relançado em vários espaços, sempre com roda de samba, entre os quais o Teatro da UFF (em Icaraí, Zona Sul de Niterói) e a Livraria Folha Seca, esta última no centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano foi homenageado com a “Medalha de Mérito Pedro Ernesto”, por iniciativa do vereador Eliomar Coelho, sendo esta uma honraria concebida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro àqueles personagens que se destacam na sociedade brasileira. No ano de 2013, a convite da Prefeitura de Guarabira, do Estado da Paraíba, retornou a sua terra natal após 70 anos, sendo homenageado pela Câmara Municipal de Guarabira com a medalha honorífica “Osmar de Araújo Aquino”, por sua atuação artística no cenário nacional. Em 2014 foi escolhido para ser tema da terceira edição do “Projeto Memória do Samba”, de responsabilidade da ONG Oficina do Parque, com DVD, CD e um novo livro. Neste mesmo ano, em 20 de novembro de 2014, data em que se celebra o “Dia da Consciência Negra”, foi homenageado no Quilombo dos Palmares com a “Medalha Zumbi dos Palmares”, aprovada pela Câmara Municipal de Niterói e ainda, homenageado no evento “Um Rio de Samba” criado pela Secretaria Municipal de Turismo e realizado pela Riotur, com o diploma “Baluarte do Samba Carioca”.
José Inácio dos Santos – Paraibano de Guarabira, 11 de novembro de 1932), antes conhecido como Zé Catimba, e que atualmente grafa seu nome artístico como Zé Katimba, é um compositor de sambas de enredo brasileiro, sendo considerado um dos criadores da versão moderna do gênero musical.[2]
Aos 16 anos, participou da fundação da Imperatriz Leopoldinense, e até hoje faz parte da ala de compositores da agremiação.
As músicas de Katimba ganharam voz com: Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Emílio Santiago, Elimar Santos, Demônios da Garoa, João Nogueira, Agepê, Simone, Julio Iglesias, Alcione, Leci Brandão, Elza Soares, Jorge Aragão, além lógico, dele próprio.
Na década de 70, virou personagem da novela Bandeira Dois, escrita por Dias Gomes para a Rede Globo, num Katimba interpretado por ninguém menos que Grande Otelo. Seu samba Martin Cererê, tema da trama, gravado pela Som Livre, vendeu 700 mil cópias.
Katimba continua em plena atividade poética.
Em 2007, em música ainda inédita, ele filosofa “O que marca ponto é o momento do encanto/do encontro marcado/exorcizar os demônios/juntar os hormônios/na mão que afaga”.
Em 2008, retornou à Imperatriz Leopoldinense, da qual havia se afastado há alguns anos.
Em dezembro de 2009 o Zé Katimba foi homenageado com a medalha Pedro Ernesto. A entrega da Medalha de Mérito Pedro Ernesto, partiu da iniciativa do vereador Eliomar Coelho, é uma honraria concebida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro àqueles personagens que se destacam na sociedade brasileira. A homenagem vem fazer o devido reconhecimento ao sambista Zé Katimba por todo seu empenho na valorização da cultura popular brasileira, seja através do seu trabalho desenvolvido na Imperatriz Leopoldinense há mais de 50 anos ou na composição de clássicos atemporais do samba.
Compôs em parceria com Martinho da Vila, a música “Na Minha Veia “que deu nome ao CD da Simone “Na Veia” lançada 2009 e também faz parte do DVD “Em boa companhia”. “Na Minha Veia” foi gravada também pelo Martinho da Vila no seu CD e DVD “Lambendo a Cria”. Compôs também em parceria com o Martinho da Vila uma música em homenagem a Dona Ivone Lara, que teve como título “Lara”. Este samba foi gravado pelo próprio Zé Katimba, Martinho da Vila e Martinália.
No Carnaval de 2013, Katimba foi eleito Cidadão Samba do Rio, numa votação pela internet da qual participaram mais de 30 mil pessoas. Na disputa, tinham monstros sagrados do samba como Nelson Sargento, Martinho da Vila, Monarco, Neguinho da Beija-Flor, entre outros. O concurso teve o apoio oficial do Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, sob organização do jornal Extra. Já durante o desfile das escolas de samba do grupo especial do Rio, Katimba foi eleito Personalidade do Ano, pelo júri do prêmio Estandarte de Ouro, organizado pelo jornal O Globo.
Ainda em 2013 – Zé Katimba a convite da Prefeitura de Guarabira/PB retornou a sua terra natal após 70 anos. Foi homenageado pela Câmara Municipal de Guarabira – PB, com a medalha honorífica “Osmar de Araújo Aquino” pela sua magnífica e exemplar história.
Katimba continua colhendo vitórias e mais vitórias no mundo do samba. Dessa vez, ganhou em parceria com, Adriano Ganso, Aldir Senna, Jorge do Finge e Marquinho Lessa. O enredo 2015 da Imperatriz é “Axé, Nkenda! Um ritual de liberdade – e que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz”. Vitória do Katimba é vitória do próprio samba.
Em 20 de novembro de 2014, dia que se celebra o Dia da Consciência Negra, Katimba foi homenageado no Quilombo dos Palmares com a Medalha Zumbi dos Palmares, aprovada pela Camara Municipal de Niteroi.
Ainda em 2014, Zé Katimba foi homenageado no evento “Um Rio de Samba” criado pela Secretaria Municipal de Turismo e realizado pela Riotur , com o diploma Baluarte do Samba Carioca.
Em 2015, durante o desfile das escolas de samba do grupo especial do Rio, o samba de enredo composto por Katimba e parceiros, foi eleito como o melhor samba de enredo, pelo júri do prêmio Estandarte de Ouro, organizado pelo jornal O Globo.
Em março, lançou seu primeiro CD intitulado Minha raiz, minha história, com as participações especiais de: Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Diogo Nogueira e Monica Mac.
Ainda em 2015, a parceria de Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna, venceu a disputa de samba de enredo, que a Imperatriz Leopoldinense levará para a Sapucaí no carnaval de 2016, com o enredo “É O AMOR QUE MEXE COM A MINHA CABEÇA E ME DEIXA ASSIM. DO SONHO DE UM CAIPIRA NASCEM OS FILHOS DO BRASIL”
Composições[editar | editar código-fonte]
Bandeira da fé (c/ Martinho da Vila)
Barra de ouro, barra de rio, barra de saia (c/ Niltinho Tristeza)
Conta outra que essa foi boa (c/ David Corrêa, Gabi e Guga)
Deixa o coração mandar (c/ Ratinho)
Do jeito que o rei mandou (c/ João Nogueira)
É preciso amar (c/ João Marques)
De todas as formas (c/Agepê)
Me ama, mo (Ze Katimba e Martinho da Vila)
Danadinho, danado (Ze Katimba e Martinho da Vila)
Na minha veia (Ze Katimba e Martinho da Vila)·
Recriando a criação (Zé Katimba e Martinho da Vila)
Tempo de amar ( Zé Katimba e Ratinho)
Ta delícia, ta gostoso ( Zé Katimba e Alceu Maia)
De todas as formas (Zé Katimba )
Minha e Tua (Zé Katimba, Martinho da Vila e Alceu Maia)
Quem foi que disse ( Zé Katimba e Martinho da Vila)
Cuidado com a inveja ( Zé Katimba e Martinho da Vila)
Café com leite ( Zé Katimba e Martinho da Vila)
Jaguatirica ( Zé Katimba e Martinho da Vila)
Viola de fita (Zé Katimba)
Paixão de candongueiro (Zé Katimba)
Lindo é você ser minha mulher (Zé Katimba e Geraldo do Norte)
Lara (Zé Katimba e Martinho da Vila)
Gata Selvagem ( Zé Katimba e Roque Ferreira)
Martim Cerere ( Zé Katimba e Gibi)
Só da Lala (Zé Katimba, Gibi e Serjão)
Além de diversas vitórias em disputas de samba internas da Imperatriz[3]
Fonte: http://www.srzd.com/carnaval/rio-de-janeiro/ze-katimba-enredo-terra-natal-carnaval-2019/
Créditos: http://www.srzd.com/carnaval/rio-de-janeiro/ze-katimba-enredo-terra-natal-carnaval-2019/