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Os quinze instrumentistas internacionais convidados para tocar no III Festival Internacional de Música de Música Clássica estão chegando para o evento, que começa no próximo domingo (29), às 19h, na Igreja São Francisco, no Centro Histórico. Um dos seus coordenadores artísticos, o violinista Alberto Johnson, que também vai participar das apresentações, já está em João Pessoa para cuidar dos preparativos para os 23 concertos que seguem até 5 de dezembro.
Os concertos estão marcados para as 14h30, 16h, 18h e 20h, circulando pelas principais igrejas do Centro e Centro Histórico, numa realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), com patrocínio do BNDES.
A violinista Noa Wildshut, uma das homenageadas da edição ao lado do cellista alemão Benedict Klöckner, chega nesta quarta (25). O seu conterrâneo, o violinista Joris van Rijn, vem um dia depois, enquanto a maior delegação, formada pelos gêmeos japoneses Takehiro (viola) e Mayu Konoe (violino), os violinistas Masha Iakovleva (Rússia) e Alexander Mandl (Brail), o pianista israelense Yoram Ish-Hurwitz, além do próprio Klöckner, chega no sábado (28), véspera de abertura do evento.
Por último, os violoncelistas Michael Müller (Alemanha) e Matias de Oliveira Pinto (Brasil) e o violista holandês Frank Brakkee aportam em João Pessoa na segunda (30), dia em que começa a série de quatro concertos diários pelas igrejas.
“Esta edição comprova que o Festival de Música Clássica se consolida no calendário cultural da cidade como um dos projetos mais atrativos e aguardados pelo público. Preocupamo-nos em manter vivo o padrão de excelência dos instrumentistas, mas com um foco distintivo: este ano é dedicado às crianças que conquistaram o seu espaço em grandes orquestras do mundo e as que estão iniciando na arte, como no caso do projeto Ação Social pela Música do Brasil”, destaca Maurício Burity, diretor-executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). Os 84 alunos atendidos em aulas de instrumentos de cordas pelo núcleo da ASMB, no Alto do Mateus, participarão da abertura como corolário dos três meses que passaram ensaiando para o grande dia.
“Todos os instrumentistas atingem um alto nível técnico e desenvoltura musical, com flexibilidade para se combinar em diversas formações (duos, trios, quartetos e quintetos), uma exigência do formato de um festival como este”, revela Alberto Johnson, um dos coordenadores artísticos.
Todas as apresentações são abertas ao público e a programação está disponível em www.festivaldemusicajoaopessoa.com.br.
Conheça os solistas participantes:
Noa Wildschut – Com apenas 14 anos de idade, a holandesa Noa Wildschut se destaca pelo imenso talento. Começou seus estudos aos 4, com Coosje Wijzenbeek e, depois, com Vera Bethsno no Conservatório de Amsterdã. Apresentou-se com músicos famosos, como Anne-Sophie Mutter, Menahem Pressler e Janine Jansen. Vencedora do Concurso Internacional Luis Spohr em 2010, Noa solou em várias orquestras, entre as quais a Filarmônica de Roterdã, a Orquestra de Câmara do Concertgebouw de Amsterdã, a Camerata Báltica do violinista Gidon Kremer, solistas de Zagreb, Residentie Orquestra (Aja/Holanda) e a Sinfônica de Liechtenstein. É a bolsista mais jovem da Fundação de Anne-Sophie Mutter e faz parte do Mutter Virtuose, com o qual já rodou vários países do mundo.
Joris Van Rijn – Estudou no Conservatório Royal da Aja (Holanda), com Jaring Walta, e na Juilliard School of Music, em Nova York, com Glenn Dicterow e Robert Mann. Apresentou-se como solista com várias orquestras holandesas, sob a regência de Slomo Mintz e Jaap van Zweden. É membro do Ruysdael Quartet, com o qual ganhou vários prêmios. Desde 2002, é spalla da Filarmônica da Rádio Holandesa.
Masha Iakovleva – Nascida em Moscou, teve suas primeiras aulas com Natalya Bojarskaya aos 7 anos de idade. Estudou com Reptsjanskaya (GnessinCollege/Moscou), Philippe Hirshhorn, Viktor Liberman e Charles Linale (Conservatório de Utrecht/Holanda). Tocou em várias orquestras europeias, a exemplo da Filarmônica de Bergen (Noruega), Orquestra de Câmara da Noruega, West-Deutsch Rundfunk de Colônia, Sinfonietta Amsterdam e, desde 1996, faz parte dos primeiros violinos da Filarmônica da Rádio Holandesa.
Mayu Konoe – Começou a estudar violino aos 4 anos de idade com Coosje Wijzenbeek. Aos 6, foi aceita na Academia de Jovens Talentos do Conservatório Real de Aya (Holanda), migrando posteriormente para o Conservatório de Amsterdã (Holanda). Desde 2011, estuda na Academia de Música Fürstentum, em Liechtenstein. Tocou com famosos pianistas, como Menahem Pressler, Nino Gvedatze, Lucas Jussen e Paolo Giacometti. Junto com o irmão gêmeo, o violista Tekehiro Konoe, se apresenta em várias salas de concertos e festivais, como o Next Generation Classic Festival Bad Ragaz, na Suíça, Festival de Música de Câmara de Utrecht (Holanda) e o Festival em Monte Argentario.
Alexander Mandl – Natural de João Pessoa, Alexander Mandl desfruta de uma diversa e versátil carreira como violinista, regente e educador. É membro do Philomusica Quartet, spalla da Kenosha Symphony e da Racine Symphony Orchestra e regente do Milwaukee Musaik, Carroll University Chamber Orchestra e Wisconsin Lutheran College Chamber Ensemble. É acadêmico das Universidades de Wisconsin-Parkside, Carroll, Wisconsin Lutheran College e Wisconsin Conservatory of Music. Entre suas gravações, destaca-se o CD Baby’s Heavenly Lullabies, dedicado a órfãos da tragédia do 11 de setembro. Recentemente, lançou uma nova edição da “Sonata para Violino Op. 14” de Leopoldo Miguez.
Frank Brakkee – Estudou no Conservatório de Utrecht (Holanda) com Nobuko Imai, Prunella Pacey e Eli Goren, participando de masterclasses com Tabea Zimmermann e Isabelle van Keulen. Em 1992, ingressa na Filarmônica da Rádio Holandesa, onde hoje é chefe de naipe. Em paralelo, Frank exerce ampla atividade de música de câmara, se apresentando com o Mondrian Quartet, Osiris Trio e o Franciscus Quartet.
Emerson de Biaggi – Cursou o bacharelado em Música do Departamento de Música da ECA-USP, onde foi aluno de Perez Dworecki e Horácio Shaeffer. Fez mestrado na Boston University (1992), estudando com Raphael Hillyer e Steven Ansell. Em seguida, cursou o doutorado na Universidade da Califórnia, sob orientação de Heiichiro Ohyama, Donald McInnes e Ronald Copes. Durante o curso, integrou o quarteto de cordas em residência do Departamento de Música da UCSB, com apresentações em várias cidades dos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil. Participou de festivais de música no Conservatório de Moscou, dos festivais de Round Top (EUA), além do curso para quarteto de cordas com o quarteto Alban Berg na Britten-Pears School, na Inglaterra. Após a conclusão do doutorado, integrou a Boston Philharmonic, a Vermont Symphony Orchestra e a Boston Modern Music Orchestra. Atualmente, é chefe do naipe de violas da Orquestra Municipal de Jundiaí.
Michael Muller – Nascido em Guenzburg Donau (Alemanha), estudou na Escola de Música de Munique e na Academia de Artes de Berlim. Participou de várias masterclasses com Boris Pergamensjikof, David Geringas e Heinrich Schiff. Teve aulas de música de câmara com os quartetos Lasalle Quartet, Amadeus Quartet e Sandor Vegh em Salzburgo (Áustria). Desde 1998 é cellista do Parkanyi Quartet (antigo Orlando Quartet). Principal solo cellista da Filarmônica da Rádio Holandesa, Michael toca em um Januarius Gagliano (Napoli, 1734) emprestado pela Fundação Holandesa de Instrumentos de Música (NMF).
Benedict Klöckner – Foi laureado em diversas competições internacionais, a exemplo da União Europeia de Radiodifusão Award, em Bratislava, e o Grand Prix Emanuel Feuermann em Berlim. Klöckner se apresentou como solista com as Orquestras da Rádio Alemã, Sinfônica NDR, Rádio Eslovaca e a Sinfônica MDR Radio, sob a regência de Michael Sanderling, Howard Griffiths, Heinrich Schiff, Simon Gaudenz e Karl Heinz Steffens. É frequentemente convidado para os festivais de música de Mecklenburg Vorpommern, Schleswig Holstein, Ludwigsburg, Schwetzingen, Gstaad, Boswil e Verbier. Em 2012, obteve o mestrado em Internacional Performance Solo da Academia Kronberg.
Matias de Oliveira Pinto – Natural de São Paulo, Matias vive em Berlim desde 1980, quando venceu o concurso para bolsista da Fundação Herbert Von Karajan. Na Europa, estudou na Escola Superior de Música de Berlim e na Academia Franz Liszt de Budapeste. Extensas turnês o levaram para os Estados Unidos, América do Sul, quase toda a Europa, Japão, Coreia, Nova Zelândia e Austrália, onde se apresentou em festivais, concertos e recitais.
Em Berlim, se apresentou nas principais salas de concerto, como Philharmonie, Konzerthaus e Apollo-Saal der Staatsoper, entre outras. Muitos compositores da atualidade lhe dedicaram obras. Pedagogo solicitado em vários países, ensina na Universidade das Artes de Berlim e na Universidade de Muenster. Gravou CDs para os selos europeus Academy, Kreuzberg Records, Bella Música, Hungaroton Classics e Cello Colors.
Yoram Ish-Hurwitz – Formado no Conservatório de Amsterdã, seguiu os estudos na Juilliard School em Nova York, com György Sándor, e na Escola de Música de Hannover, com Karl-Heinz Kämmerling. Fez carreira solo como concertista e camerista, apresentando-se na Europa e nos EUA. Desde 2004, organizou com sucesso diversos projetos multidisciplinares, como o PilgrimYears (com música, teatro e contação de histórias) e o Iberia (abrangendo música, cinema e teatro). Seu interesse no desenvolvimento de formas inovadoras de apresentar música clássica estendeu-se para o Oranjewoud Festival.
Cláudio Faga – Foi premiado em vários concursos de música, como o Internacional de Violão César Cortinas (Uruguai, 2010), de Violão do Masp Henrique Pinto (2011) e de Violão do CMVL Fito (2010). Participou de importantes festivais de música, destacando-se o Internacional de Inverno de Campos do Jordão, Internacional de Música Eduardo Fabini (Uruguai), de Violão de Culiacán (México), entre outros, onde pôde aprofundar os estudos em masterclasses. Em 2010, recebeu uma bolsa de estudos da Fundação Magda Tagliaferro para estudar com Fábio Zanon. Integrou o Quarteto Brasileiro de Violões em 2012, um dos grupos mais importantes do gênero no cenário internacional.
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