A vida do papa Francisco durante os anos sombrios da ditadura militar na Argentina (1976-1983) é narrada no filme “Chiamatemi Francesco” (“Me chame de Francisco”, em tradução livre), que estreia no próximo dia 3 na Itália.
O longa, de 98 minutos de duração, narra a história do argentino Jorge Mario Bergoglio —do início de sua vida sacerdotal até sua eleição ao Trono de Pedro, em março de 2013, quando ele aparece pela primeira vez no balcão de São Pedro vestido de branco e com uma simples cruz de ferro, dizendo: “Boa noite”.
A obra conta suas experiências como professor da escola superior, seu namoro, sua passagem ao sacerdócio, sua convicta defesa dos pobres e, sobretudo, suas decisões —algumas muito difíceis.
Entre elas, o filme relata sua vivência como padre provincial dos jesuítas argentinos durante os trágicos anos da repressão militar, quando centenas de opositores eram presos, torturados e assassinados nos terríveis “voos da morte”.
A superprodução, que custou cerca de US$ 15 milhões, é dirigida pelo italiano Daniel Luchetti. Francisco é interpretado por dois atores latinos: o argentino Rodrigo de la Serna, conhecido por “Diários de Motocicleta” (2005) na fase de sacerdote e bispo, e o chileno Sergio Hernandez (“Glória”, 2013) como pontífice.
Uma exibição especial do filme será feita no Vaticano na próxima terça-feira (1º), para sete mil convidados, entre eles moradores de rua e voluntários da igreja.