Com a não monogamia cada dia mais em pauta, um termo que se popularizou na internet e entre a comunidade liberal é “marmita de casal”. O termo se refere à terceira pessoa convidada para um ménage com um casal que é adepto de um relacionamento aberto.
Apesar das maiores dúvidas serem sobre como os integrantes de uma relação lidam com a dinâmica liberal, a Pouca Vergonha traz luz ao outro lado: e as marmitas? O que fazem? Do que vivem? Onde dormem?
Brincadeiras à parte, quando o assunto são seres humanos, a situação de quem é convidado para brincar com um casal é tão complexa quanto a de quem é comprometido.
E fica o questionamento: existe uma “regra básica” ou pacto coletivo entre as marmitas de casal? Há um “manual de etiqueta” que ensina as pessoas a não serem uma marmita sem noção ou mesmo a não se machucarem em um processo que existe para trazer prazer e diversão?
Bento*, de 27 anos, já esteve nas duas pontas – viveu um relacionamento aberto em que ele e o parceiro convidavam pessoas para participar e hoje, solteiro, vive as dores e delícias de ser, eventualmente, uma marmita de casal.
De acordo com ele, assim como em um relacionamento aberto, não existem regras específicas. Na verdade, no caso da terceira pessoa, a forma com a qual ela vai ou não agir vai depender das regras estipuladas na dinâmica de relacionamento do casal.
“Cada casal tem um combinado, então não tem uma regra fixa. Mas o que é mais ou menos estipulado sempre é: se o casal está te recebendo, a atenção tem que ser dada para os dois. Dar atenção demais para a marmita, ou alguém do casal perceber que a marmita está dando atenção demais para o outro, pode dar problema”, diz.
A comunicação e atenção precisa ser dividida para não gerar ciúmes, ou seja, nada de ficar trocando mensagens com um dos integrantes do casal após a brincadeira. Do contrário, pode trazer problemas para si mesmo e para o relacionamento dos marmiteiros.
Importante: você não está entrando no casal
Apesar de existirem casos em que a marmita se conecta com os envolvidos e os três optam por virar um trisal, o convidado não pode aceitar o convite com a intenção que isso aconteça. “Você sempre tem que entrar com o pensamento de que você está pegando duas pessoas, nada mais. Você, alí é um divertimento para o casal, então dá uma segurada”, alerta Bento.
E como se blindar? Afinal, a marmita também tem sentimentos e pode acabar se envolvendo. Segundo o paulistano, a maior dica para isso não acontecer é: no menor sinal de envolvimento, corra.
“Já soube de um casal que convidou uma terceira pessoa e, no dia seguinte, um dos integrantes terminou o relacionamento para ficar com a marmita. Logo, é uma dor de cabeça. Não se envolva sentimentalmente, e se você perceber algum sinal de sentimento, fuja”, finaliza.
Fonte: METROPOLES
Créditos: Polêmica paraíba