O contrato pelo governo federal com o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa foi assinado ontem e prevê investimentos de R$ 300 milhões
A expectativa do Instituto Butantan é que a vacina tetravalente contra a dengue fique pronta em 2018
Ao todo, 17 mil voluntários de 13 cidades nas cinco regiões do Brasil vão participar dos estudos clínicos para o desenvolvimento da vacina da dengue. O contrato pelo governo federal com o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa foi assinado ontem e prevê investimentos de R$ 300 milhões. O Palácio do Planalto analisa outros R$ 100 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de um contrato da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Outros R$ 100 milhões podem ser investidos, ainda, pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Os testes serão conduzidos em Manaus (AM), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Aracaju (SE), Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), São José do Rio Preto (SP) e Porto Alegre (RS). A vacina, que será desenvolvida pelo Butantan em parceria com o National Institutes of Health, nos Estados Unidos, tem potencial para proteger contra os quatro tipos de vírus da dengue com uma dose, mas o governo espera que a vacina possa ser pentavalente (ter ação também contra o zika), ou que se desenvolva uma vacina contra a zika em paralelo.
Cadastro aberto
A droga será produzida com os vírus vivos, mas geneticamente enfraquecidos, com o objetivo de não provocar a doença. A expectativa do instituto é disponibilizá-la em 2018. A vacinação de um grupo de 1,2 mil voluntários teve início ontem, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Eles têm entre 2 e 59 anos e residem na capital e na região metropolitana de São Paulo. Ontem, dez pessoas foram vacinadas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o cadastro de interessados em participar do estudo passa de dois mil.
Fonte: Correio braziliense
Créditos: Correio braziliense