A troca de casais é um dos desdobramentos que caracteriza a busca de novas configurações das relações amorosas. Assim como no poliamor, no qual se permite a entrada de mais de uma pessoa na relação a dois, a troca de casais é uma forma de deixar florescer o desejo sexual, sem caracterizar traição.
“A diferença do poliamor para a troca de casais, ou swing, é que na segunda não é permitido o envolvimento emocional. Na troca de casais o envolvimento é apenas sexual, praticado em conjunto com o parceiro da relação amorosa e outras pessoas diferentes, contanto que haja o consentimento do casal”, explica a acadêmica em psicologia da Universidade Sul Fluminense de Volta Redonda (RJ). Sonia é criadora do grupo “Silêncio! Estamos Recriando o Amor” e estuda as novas formas de relação do mundo contemporâneo.
Para a especialista, a ruptura de uma relação amorosa, é uma das dores mais contundentes que um ser humano pode enfrentar. “Por isso as pessoas estão buscando saídas para adaptarem a capacidade infinita do ser humano de amar e desejar às suas relações amorosas, sem precisar abrir mão delas”, completa Sônia.
Troca de casais não salva a relação
É neste ponto que especialistas alertam sobre a importância de cada um entender quais são seus limites. A prática da troca de casais pode ser sexualmente muito prazerosa, desde que ambos estejam de acordo e nenhum dos dois esteja fazendo apenas para agradar o parceiro ou por sentir-se ameaçado de perdê-lo.
Ao contrário do que se pensa, um casal só deve praticar o swing quando estão em uma fase de perfeita harmonia, e não naquele momento em que começam a questionar se vale a pena estarem juntos.
“Não há problema nenhum quando ambos estão de comum acordo. Mas um erro comum é achar que esta prática pode salvar um casamento. Caso o casal não esteja em um bom momento na relação a troca de casais só piora” recomenda a coaching de relacionamento Madalena Feliciano.
Mas se o casal chegou a um acordo sobre o momento de experimentarem a troca de casais, convém seguir algumas premissas básicas.
Dicas para experimentar a troca de casais
– Informe-se antes. Não faltam sites de clubes de swing e grupos experientes de prática de troca de casais. Conheça as regras e discuta quais são os limites de cada um, antes de partirem para a prática;
-Evite comparações. Nada mais deselegante e desencadeador de conflito do que se empolgar com a performance dos parceiros fora do casal, que praticaram a troca de casais juntos. Elogios em excesso ao outro ou à outra participante são desnecessários;
-Sigilo. Independente de ser a primeira vez ou já serem praticantes da troca de casais há tempos, convém discrição social. Não é um tipo de assunto para qualquer roda de conversa;
-Não envolva conhecidos. Principalmente se for a primeira vez, evite fazer a troca de casais com amigos. A troca de casais é uma realização de fantasia e talvez seja melhor ter um grupo específico somente para este fim, não misturando com grupos comuns a amigos, colegas de trabalho ou família;
– Lembre-se do parceiro. A ideia é fazer sexo juntos, mesmo com a participação de outros parceiros, então, convém olhares, beijos e carícias um com o outro mesmo que venham a se entregar a um terceiro durante a realização da fantasia. -Lembre-se que os dois voltarão para a casa juntos depois;
-Nada de ciúme. Evitar comentários sobre os outros envolvidos na troca de casais é a melhor solução para não gerar ciúmes. É permitido falar das sensações um do outro e da excitação um do outro, mas nunca elogiar os outros casais em detrimento do parceiro.
Fonte: A revista da mulher
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