O número de mortos provocados pelos incêndios florestais na Califórnia, nos Estados Unidos, subiu para 31 neste domingo, depois que mais seis corpos foram encontrados. Por causa dos ventos secos que ajudam a espalhar o fogo, autoridades pedem urgência na retirada dos moradores da região.
Autoridades informaram ainda que os corpos de cinco pessoas foram encontrados em casas incendiadas e o sexto foi localizado em um veículo no norte da Califórnia. Mais de 200 pessoas ainda estão desaparecidas.
Considerado o mais destrutivo e um dos mais mortíferos incêndios da Califórnia , o Camp, como tem sido chamado, deixou pelo menos 29 mortos desde que começou quinta-feira no nordeste de Sacramento, e depois consumiu grande parte da cidade montanhosa de Paradise, um município de 26 mil habitantes a pouco mais de 150 quilômetros de Sacramento, e a 289 quilômetros de São Francisco.
O fogo atingiu ainda Malibu, onde moram muitos artistas. Dentre os que tiveram que deixar as suas residências estão celebridades como Lady Gaga, Kim Kardashian e Guillermo del Toro.
No sábado, o presidente americano, Donald Trump, provocou polêmica ao afirmar, pelo Twitter, que “a má administração das florestas” é a responsável pelos incêndios no estado. “Não há razão para esses incêndios florestais maciços, mortíferos e onerosos na Califórnia, exceto pelo fato de que o manejo florestal é tão ruim”, escreveu ele. “Bilhões de dólares são dados a cada ano, com tantas vidas perdidas, tudo por causa da má administração das florestas. Resolvam agora, ou nenhum pagamento do Fed!”, ameaçou Trump.
— Paradise se foi — afirmou o homem de 66 anos. — Não há mais nada para o que possamos voltar.
O incêndio é um dos três que acontecem simultaneamente na Califórnia. Dois deles, um no Sul e outro no Norte, estão fora de controle. Com a descoberta de novos corpos já ultrapassou o número de mortos do incêndio Tubbs, que matou 22 pessoas e era o terceiro mais letal da História do estado até hoje. O mais mortífero de todos, o de Griffith Park em 1933, matou 29 pessoas.