As cidades de Ingá, Itatuba e Juarez Távora, no Agreste paraibano, podem ficar sem água encanada daqui a 30 dias, se a região não receber chuvas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (30), pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), que é responsável pela gestão do abastecimento das cidades. O motivo para o colapso no abastecimento é o baixo volume do açude Argemiro de Figueiredo, conhecido como barragem de Acauã, em Itatuba.
Segundo os dados da Agência Executiva de Gestão da Águas da Paraíba (Aesa), nesta quinta-feira (30), a barragem de Acauã está com apenas 5,6% do volume total. O açude tem capacidade para armazenar até 253 milhões de m³ de água, mas está com pouco mais de 14 milhões de m³.
O engenheiro da Cagepa em Guarabira, Adário Nóbrega, explicou que, por causa do baixo volume de água, os sistemas de captação que existem no açude estão perdendo a eficácia. “O sistema de captação de fundo fica por trás da barragem e, se o açude não receber recargas, a água vai parar de ir para a população em 30 dias. No açude, também já existe um sistema de captação flutuante, mas ele já está encalhando também, por causa da pouca água”, explicou o engenheiro.
Esperança na transposição
Caso a barragem de Acauã não receba recargas por meio de chuvas na região, a esperança de melhora no volume vai ser exclusiva da chegada das águas da transposição do Rio São Francisco, do eixo leste. A água que sai de Petrolândia, em Pernambuco, e desemboca na cidade Monteiro, no Cariri paraibano, segue pelo Rio Paraíba, passando por dois açudes em Monteiro, pelo açude de Camalaú, o açude de Boqueirão e depois segue para Acauã.
Fonte: G1 Paraíba