A tocha olímpica já está no Brasil. Na manhã desta terça-feira o fogo “sagrado” que foi aceso em Olímpia, na Grécia, finalmente chegou ao País, em lanternas de segurança protegida por seis “guardiões”. Agora ela começará um roteiro de 95 dias por 327 cidades dentre elas, oito cidades paraibanas. Coube a Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio-2016, a honraria carregá-la ao descer do avião que foi fretado para trazer a tocha.
O voo partiu de Genebra, na Suíça, com as lâmpadas que foram acesas com o fogo da pira olímpica que estava no gramado do Museu Olímpico, em Lausanne. Colocadas em suportes e amarradas com cintos de seguranças especiais, elas ocuparam assentos na parte da frente do avião e a sua volta estavam guardiões treinados especialmente para manter a chama acesa.
O voo foi tranquilo e entrou no espaço aéreo brasileiro no horário previsto. Ao se aproximar de Brasília, a aeronave teve a companhia de dois caças F5 da Força Aérea Brasileira, e sobrevoou a cidade. Depois, aterrissou no aeroporto na capital federal após o dia já ter raiado, por volta de 7h25 da manhã. Nuzman então pegou uma das lâmpadas, desceu as escadas do avião e posou para fotos e imagens.
“Tantos brasileiros vão poder carregar a tocha e escrever na história de suas vidas isso. É um momento de felicidade muito importante”, afirmou o dirigente, ciente de que 12 mil condutores vão se revezar carregando a tocha, que começa nesta terça uma jornada que passará por todos os estados e capitais do Brasil, além dos principais pontos turísticos.
No desembarque, estava presente ainda Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal, e Ricardo Leyser, ministro do Esporte, entre outras autoridades. Agora a próxima parada da tocha será no Palácio do Planalto, quando às 10h30 haverá uma cerimônia com a presidente Dilma Rousseff, que acenderá a tocha e passará a chama para a jogadora de vôlei Fabiana, bicampeã olímpica, escolhida para ser a primeira pessoa a carregar a tocha olímpica no revezamento no Brasil.
A atleta vai descer a rampa do Palácio do Planalto, percorrer cerca de 300 metros, e então passará o bastão para o pesquisador Artur Ávila Cordeiro de Melo. Entre os dez primeiros condutores estão nomes como o de Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão mundial na elite do surfe, a boxeadora Adriana Araújo, a jogadora de vôlei Paula Pequeno e o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima.
Depois disso, com o próprio Vanderlei, a tocha sairá da Catedral de Brasília e irá em direção ao estádio Mané Garrincha. Será um dia inteiro de atividades, com o símbolo dos Jogos percorrendo os principais pontos da capital federal e algumas cidades no entorno, com as festividades se encerrando à noite.
A tocha olímpica chega à Paraíba no dia 2 de junho, passando por Pedras de Fogo, Itabaiana e Campina Grande. No dia seguinte, ela segue para João Pessoa, passando ainda por Guarabira, Mamanguape, Sapé e Santa Rita.
Existe ainda a possibilidade de outras cidades serem inseridas na rota da comitiva olímpica, chegando a pelo menos treze municípios paraibanos. No entanto, a tocha vai pernoitar apenas em Campina Grande e em João Pessoa.
Créditos: Estadão