Entenda a condição e saiba quais são os riscos para a mãe e para o bebê
Tatá Werneck deu à luz na madrugada desta quarta-feira (23), no Rio de Janeiro. Embora tenha entrado em trabalho de parto, já que chegou à maternidade com contrações, ela teria passado por uma cesárea, segundo a coluna da jornalista Patrícia Kogut. Ainda segundo a publicação, a cirurgia foi indicada porque a atriz estava com diabetes gestacional. “Eu fiquei com aquela diabetes (diabetes gestacional) e tive que fazer”, teria confirmado.
Se não controlado, o diabetes gestacional aumenta os riscos de hipertensão, eclâmpsia e do surgimento de diabetes depois da gravidez. O bebê pode ganhar muito peso (o que é chamado de macrossomia fetal) e nascer prematuro, além de ter maiores riscos de obesidade e diabetes quando adulto.
É mesmo indicação para cesárea?
Segundo especialistas, a diabetes gestacional, em si, não é indicação para o parto cirúrgico. “Diabete gestacional é justamente a doença a ser descoberta para prevenir uma cesárea”, explica o obstetra Bráulio Zorzella, integrante da REHUNA – Rede pela Humanização do Parto e Nascimento. “Existem raras situações em que uma diabetes mal controlada acaba fazendo o bebê ficar com peso acima de 4.500 g e, hoje, considera-se que diante dessa previsão, uma cesariana pode ser melhor para o bebê”, detalha a obstetriz Ana Cristina Duarte, coordenadora do Coletivo Nascer e do maior congresso sobre parto do Brasil, o Siaparto.