Um casal residente na cidade de Curitiba no Paraná, teve vídeos íntimos divulgados nas redes sociais, por um ex-funcionário de sua empresa, que quis se vingar após ter sido demitido. A repercussão dos vídeos foi grande e após muitos problemas por conta do conteúdo vazado, o casal resolveu aproveitar a situação e ganhar dinheiro com isso.
Mas, como tudo aconteceu, o casal conta para gente em uma entrevista concedida ao site UOL e que você confere agora.
“Nasci em Santa Catarina e aos 20 anos me mudei para Curitiba fui trabalhar em uma loja de semijoias. Foi nesse emprego que conheci o Túlio, meu marido há 22 anos. Logo depois, ele colocou um anúncio pedindo uma secretária e me candidatei à vaga. Fui contratada na hora e depois de quatro dias ficamos juntos e desde então, passei a gerenciar todos os negócios ao lado dele. Somos pais de um casal de adolescentes.
O Túlio sempre gostou muito de sexo e eu de inovação. Sempre conseguimos passar um para o outro tudo que a gente tinha vontade de fazer. Como todo casal que está no início de relacionamento, apostávamos em brincadeirinhas, gel e sex toys. Certa vez, fizermos uma brincadeira usando um vibrador e foi tão bom que começamos a imaginar como seria se fosse mesmo alguém real que estivesse ali. Nasceu assim o desejo de realizar uma ménage.
Passamos a frequentar casas de swing em Curitiba, São Paulo e outros lugares. Queríamos vivenciar isso de uma forma livre, sem se preocupar com que as pessoas pudessem falar, mas ao mesmo tempo de uma maneira discreta. Ninguém ao nosso redor sabia. Fizemos muitas amizades para entender o mundo liberal.
“Funcionário e ex amigo jogou nossos vídeos íntimos na internet”
Buscamos então tudo que nos dava prazer, fizemos ménage feminino e masculino, tivemos também a experiência de troca de casais. Tudo era muito bem resolvido entre nós. Até acontecer algo que jamais imaginaríamos. Tínhamos um funcionário, que antes de qualquer coisa, era também nosso amigo e sabia muito de nossa vida íntima. Certa vez, ele veio nos auxiliar na parte de tecnologia e acabou descobrindo vídeos e fotos da gente fazendo ménage. Sempre gostamos de filmar.
Logo depois, descobrirmos que ele estava roubando a nossa empresa, pegava roupas, não prestava contas. Mandamos ele embora claro e pensamos que já tudo estava resolvido no momento da demissão. Para nossa surpresa, dois meses depois, nossos vídeos estavam na internet e circulando em grupos de WhatsApp.
Esse ex funcionário colocou nossos vídeos íntimos em todas as minhas redes sociais, expôs meu telefone e ainda falou como se eu tivesse traído meu marido, o que era mentira, porque tudo sempre foi um acordo de ambos.
Ficamos dois anos brigando na justiça, tentando provar que foi ele e também querendo tirar essas imagens de sites de conteúdo adulto. Chegou uma hora que cansamos, não tinha mais o que fazer, era muito desgaste.
“Membros da igreja que fazíamos parte nos viraram as costas”
Tivemos muitos aborrecimentos e decepções. Éramos de uma igreja e participávamos de várias obras com o objetivo de ajudar ao próximo. Só que quando fomos expostos na internet, os membros dessa igreja viraram as costas, não nos acolheram. Onde nós deveríamos ter sidos ajudados, fomos massacrados. Eles comunicaram que as pessoas estavam desconfortáveis com a nossa presença e nos convidaram a sair de lá. Sofremos muito. As pessoas me apontavam como eu fosse uma prostituta, pecadora, cochichavam, ficavam rindo e olhando para mim.
Nós somos pais de dois adolescentes. Na época que isso aconteceu, em 2016, um tinha 11 e outro 9 anos. Nós sentamos e conversamos com eles e explicamos de forma muito superficial o que tinha acontecido. Essa pessoa foi tão maldosa que mandou os vídeos para nossa família, inclusive para minha mãe e minha sogra. Meus filhos também receberam.
Hoje, eles sabem de tudo mais claramente. Só que nunca passaram por nenhum tipo de constrangimento na escola, muito pelo contrário. Eles ficaram até mais populares e os amigos deles frequentam a nossa casa até hoje. Nunca faltaram com o respeito.
O problema maior foi com a minha família, foi um terror, fui muito, mas muito massacrada. Fui excluída de tudo que se possa imaginar. Fiquei mais de um ano sem me relacionar com a minha mãe e até hoje não tenho o mesmo relacionamento com o meu irmão e a mulher dele.
“Decidimos montar um site e passamos a cobrar por fotos minhas nua”
Foi muito engraçado quando a gente começou a monetizar. Estamos cansados de lutar na justiça e nada do conteúdo sair dos sites, saia de um e entrava em outros. Chegou um dia que o Túlio fez uma brincadeira em uma rede social e colocou uma montagem de uma foto minha na capa da Playboy. Os seguidores foram à loucura. Uns acreditaram que era verdade e falaram que iriam comprar de qualquer forma.
Então. propusemos o seguinte: ‘deposite um valor na nossa conta e terão fotos minhas nua’. Na semana, percebemos que levantamos uma quantia absurda de dinheiro e foi então que resolvemos fazer algo profissional. Montamos o site, cobramos assinaturas mensais e venda de conteúdo.
Como abrimos uma produtora e crescemos muito no mercado de conteúdo adulto, muitas pessoas começaram a nos procurar e pedir ajuda. Eu não sou atriz pornô, não faço nada obrigada, não tenho roteiro, a gente faz o que a gente curte. Fizemos do limão, realmente uma bela limonada. Não ficamos murmurando.
Hoje também cuidamos das carreiras de outras modelos. Não contratamos ninguém para nossos vídeos, tudo é real. É como fosse um reality show de nossa vida íntima. Também temos um canal no YouTube voltado para dar dicas para casais e solteiros que buscam novas experiências aprender sobre mundo liberal.
No ano passado, criamos um curso o destravar sexual que foi um sucesso entregamos para três mil pessoas. Agora também estamos com uma editora para lançar o nosso primeiro livro, que se chama “Eu cai na net” e já estamos escrevendo outro o “Já que tudo na vida é para comer alguém”, com dicas de conquista. Atualmente contamos com e-commerce de produtos eróticos, cosméticos e roupas.” Cassiana Costa, 43 anos, empresária, de Curitiba (PR).
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba