A partir do dia 12 de março, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, as crianças (e os adultos) poderão acompanhar a história de Menina, personagem principal de Mequetrefe Sorrateiro, espetáculo infantil que aborda o universo afetivo de uma criança diante da separação dos seus pais e sua transição da infância para a adolescência. A peça, com texto e direção de Marcello Airoldi, fica em cartaz até 16 de abril, com sessões aos sábados às 11h e uma sessão extra no dia 13 de março, domingo, no mesmo horário.
O Espetáculo
Com muita música, poesia e animações, a história de Menina é contada a partir de suas tristezas e alegrias e as consequências que estas trazem em seu aprendizado e amadurecimento. Em sua trajetória, o contato com outros personagens a ajuda a reencontrar caminhos que pareciam perdidos. Temas como relacionamento, convívio com as diferenças e a autoconfiança são abordados no texto, apontando para o desenvolvimento saudável da criança.
Certo de que a arte é uma das chaves para o melhor convívio entre o indivíduo e a sociedade, o autor e diretor Marcello Airoldi conta que a personagem Menina não é inspirada em ninguém especificamente, mas tem características presentes em toda criança, seja ela menino ou menina:
“A peça fala, entre outras coisas, que a experiência faz a gente amadurecer, crescer. As aventuras vividas por Menina fogem do tempo cronológico e da realidade dos espaços. O quintal de sua casa é um lugar onde tudo pode acontecer, de acordo com sua imaginação. É também o lugar onde o teatro se dá, onde a poesia nasce e o tempo se transforma”, afirma.
Na tentativa de capturar o Mequetrefe Sorrateiro, causador de todos os quiproquós da trama, os personagens fazem contato com suas próprias histórias e percebem o quanto estão ligados uns aos outros, pois apenas sua integração dará conta de resolver os problemas. Elias, o poeta do quintal, mostra que não há receita ou armadilha para dominar o Mequetrefe Sorrateiro, personagem que habita os aspectos sombrios de todos nós e que reaparece de tempos em tempos, mas que ignorá-lo é esconder-se de si mesmo.
Dramaturgia e Texto
O espetáculo tem dramaturgia construída a partir de rimas e canções. Uma das ideias é que as palavras não apenas carreguem seus significados, mas sejam elementos de provocação a novos sentidos. Na peça, as palavras encadeiam poemas, jogos, trazem novos olhares para os mesmos símbolos já conhecidos. As rimas dão musicalidade às frases, embalando um jeito de ouvir a história que foge do convencional, caracterizando uma estética na composição das cenas.
O texto aborda aspectos difíceis da infância. Os desafios que a vida traz – as perdas, a morte, o amadurecimento, o amor, a amizade, o medo – são tratados de forma contundente. A história apresenta a formação de uma família nova e possível na qual os pais não mais moram juntos, mas têm de conviver. A elaboração de um novo jeito de pensar, um novo jeito de ver o mundo, é transmitida pelo ponto de vista da Menina.
Sinopseespet
Por causa de uma grande tristeza sofrida, Menina começa a enxergar em preto e branco, não consegue mais ouvir músicas, além de não enxergar mais as palavras escritas. A relação com o pai músico torna-se um desencontro, já que Menina deixa de ouvir os sons que saem de sua flauta, simbolicamente evidenciando a distância entre os dois. Tudo isso por causa do Mequetrefe Sorrateiro, que rouba todos os sonhos e desejos das crianças. Junto com os outros personagens, como Pai, Mãe e Elias, o poeta do quintal, Menina consegue se livrar do vilão que entristece a todos.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba