FISCO PARALISA ATIVIDADES DIA 27
Os servidores do Fisco Estadual paralisam as atividades na próxima quarta-feira (27) em toda a Paraíba, para protestar contra o descaso do Governo do Estado com a categoria fiscal. Desde 2011, o Sindifisco-PB vem solicitando, sem sucesso, audiência com o Governador e sua equipe econômica para discutir as questões do Fisco e, particularmente, o reajuste da categoria. A intransigência do Governo em não dialogar vem impondo acúmulo de problemas, queda na arrecadação e perdas salariais que já ultrapassaram 30%.
Além da questão da defasagem salarial, a paralisação tem como objetivo alertar a sociedade sobre a inflexibilidade do governador, sua equipe econômica e o próprio secretário da Receita, em não receber o Fisco para dialogar e solucionar o gravíssimo problema da queda da arrecadação.
Falta de diálogo agrava a crise
Ao se negar a receber a entidade representativa dos auditores fiscais, o secretário da Receita Marialvo Laureano contribui para o agravamento do impasse que perdura há cinco anos com o atual governo e que reflete diretamente no desempenho da arrecadação.
No dia da paralisação os auditores fiscais irão se concentrar no Centro Administrativo Estadual, em João Pessoa, para cobrar do secretário da Receita que receba e dialogue com o Sindifisco-PB no sentido de encaminhar as soluções para as problemáticas apresentas pela categoria.
Em dezembro de 2015, a categoria elaborou um relatório minucioso contendo as causas da queda das receitas próprias e as soluções para alavancar essas receitas. É inconcebível que as autoridades não queiram receber aqueles que podem reverter a crise financeira pela qual passa o Estado.
A sociedade quer solução
A sociedade quer explicações do governo sobre o fato de que há poucos meses esse cenário de crise não existia e só agora ele anuncia as dificuldades. O governo possui em sua equipe assessores diretos que poderiam ter previsto esse cenário há bastante tempo.
Não conseguiram observar que as receitas estavam em queda desde o primeiro semestre de 2015 (o Sindifisco alertava), e que deveriam cortar custos desnecessários como o excesso de comissionados e prestadores de serviço, e despesas ilegais como pagamento de “codificados”? Os gastos com a comunicação continuaram no mesmo ritmo. Havia necessidade? Diante da queda de receita, por que não dialogar com o Fisco para amenizar ou até mesmo superar o atual quadro de desequilíbrio das contas?
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