Além disso, Sandra pediu para sair – para surpresa geral dos chefes e colegas, do público e da imprensa – do rodízio de apresentadores escalados para cobrir folgas e férias dos titulares do Jornal Nacional.
Às vésperas de completar 30 anos na Globo, Annenberg se encontra subaproveitada. Sua única função no canal passa a ser no Globo Repórter, onde apenas lê poucas frases no teleprompter para introduzir os VTs, ao lado de Gloria Maria. Um desperdício de talento.
A saída do JH suscitou teorias nas redações. Uma delas é que Sandra paga o injusto preço de ter envelhecido, ainda que não aparente os atuais 51 anos.
Raramente há mulheres nessa faixa etária nas bancadas. Uma exceção é Renata Lo Prete, 55, do Jornal da Globo. Homens com 50, 60, 70 e quase 80 são a maioria na apresentação dos noticiários da TV brasileira.
Ex-atriz de novelas, Sandra Annenberg deu relevante contribuição ao processo de informalização dos telejornais. Ela sempre se comunicou muito bem com o público. Criou um vínculo afetivo com a audiência.
Em algumas ocasiões foi criticada por demonstrar emoção considerada excessiva. Houve momentos de humor involuntário, gafes e incontáveis memes. Virou uma celebridade.
Merece ter atuação mais ampla na programação. Talvez seja o caso de seguir os passos de Fátima Bernardes e trocar o jornalismo pelo entretenimento.
Fonte: Terra
Créditos: Jeff Benício