Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, haverá três formatos diferentes para as cerimônias de pódio. Serão respeitadas as características de cada esporte na execução da música e nos trajes, que podem seguir o estilo tradicional, popular ou descolado.
Esse era um sonho antigo da americana Christy Nicolay, diretora de apresentações esportivas do Comitê Rio 2016, que cuidou das cerimônias de pódio de oito das últimas nove edições de Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Christy explica que é responsável por “tudo o que se vê nos locais de competição, fora a própria competição”: os apresentadores em francês, inglês e português; vídeo do esporte, com música própria para a contagem regressiva antes de cada competição; animadores que ficam nos campos de jogo; imagens captadas pelas câmeras e mostradas nos telões e também as cerimônias de premiação, com a entrega de medalhas. Tudo é produzido e executado pela equipe dela.
A variação nas cerimônias, segundo ela, está atrelada à diversidade da música brasileira. “Temos uma grande oportunidade. E eu sempre quis fazer isso, porque os esportes Olímpicos são bem diferentes entre si”, diz a diretora, que já havia trabalhado no país nos Jogos Pan e Para-Panamericanos Rio 2007.
Christy chama o primeiro estilo de música de “tradicional”. Se encaixa na premiação de esportes que ela classifica como formais, casos do hipismo e da esgrima. O segundo é o “popular”, para esportes mais difundidos, porém menos formais, como basquetebol ou voleibol. O terceiro estilo, “cool ou descolado”, tem um toque do funk brasileiro e estará, por exemplo, nas cerimônias de BMX, mountain bike e vôlei de praia.
Acompanhando as músicas, também as roupas variam. “Temos trajes mais formais, com blazers, para os esportes tradicionais. Semelhantes, mas um pouco mais descontraídos, são os modelos para os esportes populares. No caso dos descolados, é uma vestimenta ainda mais informal, com mangas enroladas, por exemplo. Nada de blazers.”
Créditos: Notícias ao minuto