Um repórter da TV Record no Rio de Janeiro foi atropelado por uma moto enquanto esperava para fazer uma entrada ao vivo no “Cidade Alerta” local, na noite de quinta-feira (30). Dennes Queiroz, de 43 anos, estava sobre a calçada, próximo à Delegacia da Rocinha, favela na zona sul carioca, onde fazia entradas na segunda edição do jornal para relatar o dia de ocorrências de tiroteios da comunidade. Enquanto ele aguardava, um carro bateu em uma motocicleta na estrada Lagoa-Barra, que passa em frente à favela, e o veículo desgovernado atingiu a perna direita de Dennes. Ele quebrou a tíbia.
“Entrei no primeiro link e ia entrar de novo, dois minutos depois. Aconteceu tudo muito rápido. O motociclista foi atingido e, como tem dez anos de experiência com moto, reagiu e caiu no asfalto. A moto voou e me atingiu”, contou o repórter ao UOL. “Estou bem na medida do possível. Tomando remédios para dor e anti-inflamatório, mas fica queimando o tempo todo”, contou Dennes.
O repórter contou que não viu o acidente pois estava se preparando para entrar no ao vivo. Ele ouviu o motociclista gritar com o motorista que atingiu a moto e se virou. Nesse momento, a moto o atingiu.
“Foi livramento de Deus. Pela velocidade, pela força da batida, se pegasse minha cabeça… Graças a Deus [não pegou]”, desabafou o repórter.
O cinegrafista que acompanhava Dennes não gravou o acidente porque esperava para entrar ao vivo no jornal.
Dennes foi atendido pelo Corpo de Bombeiros e por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O motociclista, que sofreu escoriações com a queda, foi na mesma ambulância.
“Ele me pediu desculpas. Está desempregado, com a carteira [de habilitação] vencida e trabalha com a moto”, disse o repórter, que aceitou o pedido de perdão do motociclista.
Com 11 anos de casa na Record Rio, Dennes disse que nunca sofreu algum tipo de acidente durante o trabalho. O que presenciou, há quase sete anos, foi a morte do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, na favela de Antares, na zona oeste do Rio, que foi atingido por um tiro de fuzil.
“No Rio não é uma moto que você pensa que vai te atingir”, disse.
Fonte: uol
Créditos: uol