O Ministério da Saúde e o Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (IPESQ), que fica em Campina Grande, na Paraíba, divulgaram nota conjunta na tarde desta sexta-feira (02) sobre a descoberta de partículas do vírus da diarreia viral bovina (VDVB), em amostras de tecido cerebral de fetos e recém-nascidos com microcefalia.
Os traços do VDVB foi achado durante pesquisa feita por integrantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do IPESQ.
O vírus suspeito de está ligado aos casos de microcefalia é da mesma família da zika (Flaviviridae) e causa no gado uma série de doenças, como diarreias, problemas respiratórios, abortos e de más-formações. Entre os casos, a artrogripose, uma síndrome que provoca má-formação em articulações, já identificada em alguns bebês com microcefalia.
Uma equipe do Ministério da Saúde foi designada para acompanhar de perto as pesquisas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi comunicada sobre o caso em uma reunião com o Ministério da Agricultura para avaliar medidas de proteção do gado, caso a hipótese seja confirmada.
Confira nota
INFORME À IMPRENSA
O Ministério da Saúde acompanha os trabalhos de pesquisadores que investigam fatores que possam estar associados ao vírus Zika no desenvolvimento de malformações congênitas, em especial a microcefalia.
No dia 20 de junho, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq), da Paraíba, informaram que, além de presença do vírus Zika, foram encontradas partículas do vírus da diarreia viral bovina (VDVB), em amostras obtidas por necropsia de tecido cerebral de fetos e recém-nascidos com microcefalia.
O VDVB tem distribuição mundial e afeta predominantemente bovinos, podendo levar a manifestações clínicas entéricas, respiratórias, malformações, ou reprodutivas e fetais.
Entretanto, a presença de partículas ou fragmentos do VDVB nas amostras coletadas não significa a existência de vírus ativo, nem que essa espécie de vírus seja responsável pelas malformações. Há necessidade de novas pesquisas para esclarecer o significado desses achados.
Conforme regulamento sanitário internacional, o Ministério da Saúde informou o achado à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).
Os ministérios da Saúde e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estão trabalhando em conjunto no monitoramento deste achado. A OPAS está acompanhando e apoiando processo de monitoramento do Ministério da Saúde, incluindo cooperação técnica.
Fonte: SECOM
Créditos: SECOM