Que Preta Gil não é de meias palavras, a gente já sabe. Imagina então a cantora à vontade no palco, num espetáculo no qual refaz sua trajetória, de filha de Gilberto Gil a artista de sucesso, além de polêmica. Em “Mais Preta que nunca”, que teve duas sessões nas noites de quinta e sexta e retorna ao Rio em dezembro, ela lembra seu primeiro beijo gay, fala de racismo e da dor profunda pela perda do irmão.
“A primeira vez que colei velcro”
“Eu rasgava minhas roupas para virar Mulher-Maravilha como ela fazia. Aí minha mãe resolveu fazer roupas com velcro para que eu pudesse tirar sem rasgar. Foi a primeira vez que colei velcro na vida”, lembra a cantora aos risos.
Preconceito
“Íamos voltar da escola no carro da mãe de uma de nossas amigas. Minha irmã ouviu dessa mãe que não levaria filho de macaco no carro dela e contou o que tinha ouvido para a minha (Sandra Gadelha). Minha mãe então, que estava de muletas na época, foi até a escola e destruiu o carro dela”.
Luto pelo irmão
Preta relembra no espetáculo a dor pela perda do irmão, morto num acidente de carro em 1991. É o momento em que a cantora se emociona e também leva a plateia às lágrimas. A morte de José Gil, revela ela, fez com que ele afastasse da música e seguisse outro caminho profissional. “Foi a pior coisa que me aconteceu na vida. Resolvei me afastar de tudo… Muitos anos depois, pouco antes de decidir virar cantora, comecei a sonhar muito com ele, como se fosse um sinal”.
Fonte: Extra
Créditos: Extra