Tatá Werneck, 36 anos, entra agora na reta final de sua gravidez —ela espera a primeira filha, Cora Maria, fruto do relacionamento com o ator Rafael Vitti, para o fim de outubro ou início de novembro. “Eu sempre quis ter muitos filhos. Adotar também sempre quis. Isso é fato”, conta.
A atriz falou sobre todos os medos e alegrias que vem sentindo com a maternidade, revelou que tanto ela quanto Vitti tinham o desejo de ampliar a família, mas assumiu que não conseguia se imaginar fazendo uma pausa na vida profissional –que ela tanto ama– para se permitir viver esse momento.
Sensível e chorando por tudo, Tatá conta que não teve uma gravidez fácil, com muitos enjoos, descolamento da placenta e dificuldades por conta da endometriose. Porém, foi se apoiando no parceiro, 13 anos mais novo, que ela encontrou forças para seguir em frente.
“Ele acorda comigo as quatro vezes que acordo de madrugada e, de olhos fechados, diz coisas como: ‘Obrigado, meu amor, por cuidar dela. Você está sendo muito guerreira’. É apaixonante.”
Já pensando em seu retorno ao trabalho após o parto, Tatá conta que tentará cumprir a licença de seis meses, mas depois voltará com muitos projetos: “Tenho Lady Night, filme, segunda temporada de Shippados. Se não tivesse engravidado estava escalada para fazer a próxima novela das 19h também”.
Você planejou a gravidez?
Tatá Werneck – Eu sempre quis ser mãe. Mas nunca achava tempo para que isso acontecesse. Eu não conseguia me imaginar tendo que parar de trabalhar, porque amo muito o que faço e sempre fiz três faculdades ao mesmo tempo, Globo e Multishow etc. Só que Rafa sempre quis ser pai cedo, e ficamos num esquema “Deixa que eu deixo” depois de Deus Salve o Rei. Como tinha endometriose, não imaginei que pudesse engravidar antes de operar. Então, estava tudo programado para pensar nisso só daqui a dois anos. Mas era para ser agora.
Sua gravidez foi difícil e você precisou até cancelar algumas gravações. Qual foi o momento mais complicado?
Eu já comecei com descolamento [de placenta] e tive que ficar dois meses totalmente deitada. E passo mal todos os dias até hoje. Bem menos do que antes, mas, ainda assim, bastante. Todo o período de gravação do Lady Night foi difícil. Eu me sentia muito mal. Gravava não sei como. Mas eu queria ter esse registro e só trabalhei porque tinha liberação da minha médica. Quando ela dizia “repouso”, eu cancelava imediatamente. Mas achei muito importante poder falar sobre isso. As mulheres não têm licença por estarem enjoadas. E, muitas vezes, tudo é visto como frescura.
Você ficou muito mais sensível, e isso foi visível. O que te fez chorar que você sabe que foi por conta dessa fase da sua vida?
Eu tinha crises de choro pensando nas mulheres que não poderiam cancelar seus trabalhos, como eu pude. O Multishow me apoiou bastante. Eu pensava: “Meu Deus! Como alguém que passa mal assim pode ir trabalhar? Pegar um ônibus? Ou por exemplo não ter apoio de alguém? Chorei muito e me senti culpada pelo privilégio. E, por isso, decidi falar o máximo que pude sobre o quanto foi difícil. Minha obrigação era dar voz a todas essas mulheres. Então, chorei por motivos coerentes e pertinentes. Mas também por qualquer coisa sem motivo. Nunca fui muito de chorar, mas agora não consigo controlar. Você fala: “Olha que lindo esse miniabajour “, e eu choro. É uma experiência muito milagrosa e transformadora. Fico pensando no poder de Deus o tempo todo. E na força das mulheres, em suas angústias e na solidão.
Qual acha que será seu grande desafio como mãe? O que te deixa insegura?
Tudo me deixa insegura. Passei períodos me sentindo muito culpada por reclamar que estava difícil, até perceber que tenho esse direito. Todas temos. Isso nada tem a ver com o amor pela minha filha. Antes, me deixava insegura ficar esse tempo sem trabalhar. Eu não tirava férias de mais de 12 dias por muitos anos. Agora, isso não me preocupa mais. Me preocupa conseguir fazer minha filha feliz. Não falar para ela coisas que possam fazê-la sofrer sem que eu perceba. Me angustia não poder protegê-la de tudo. E o parto também me dá medo. Mas minha maior insegurança é não existir um manual para ser uma boa mãe. É aprender com uma bebê que já nascerá dependendo de mim. E tenho medo de não saber dar tudo o que ela precisa.
Rafa Vitti se mostrou um grande parceiro, principalmente nesse momento mais delicado. Qual é a avaliação que você faz dele durante a gravidez?
O Rafa é um dos homens mais gentis e companheiros que já pude imaginar ter ao meu lado. Ele acorda comigo as quatro vezes que acordo de madrugada e, de olhos fechados, diz coisas como: “Obrigado, meu amor, por cuidar dela. Você está sendo muito guerreira”. Ele é muito apaixonante. Todos os dias, às 6 da manhã, eu me apaixono de novo. Tivemos criações muito diferentes, mas possuímos os mesmo valores, o que é importante. Então, acho que aprenderemos muito um com outro na educação da bebê. Rafa acha que tem que deixar a criança aprender com mais liberdade. Eu acredito que serei mais neurótica e preocupada.
Você pretende ter mais filhos?
Eu sempre quis ter muitos filhos. Mas me liga em novembro que te dou esse retorno. Adotar também sempre quis. Isso é fato.
Quanto tempo você se dará de licença maternidade? O que pretende fazer depois?
Ficar um tempo sem trabalhar me deixava nervosa. Mas, agora, pensar em voltar logo me deixa nervosa também. A Globo e o Multishow estão sendo muito parceiros, então acho que só volto depois de seis meses, se Deus quiser. Aí tenho Lady Night, um filme e a segunda temporada de Shippados. E aí já é Natal. Se não tivesse engravidado, estava escalada para fazer a próxima novela das 19h. Torço muito por essa novela, porque adoro o [autor] Daniel Ortiz . E o elenco está maravilhoso!
Fonte: UOL
Créditos: UOL