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Pesquisador do Instituto Butantan diz que fosfoetanolamina tem efeitos comprovados cientificamente

Durvanei Augusto Maria

O chefe do Laboratório de Imunologia do Instituto Butantan, Durvanei Augusto Maria, garantiu, em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, que a substância fosfoetanolamina tem efeitos comprovados cientificamente no tratamento de vários tipos de câncer, como de mama, nos rins, leucemia e na cavidade oral. “A fosfoetanolamina tem potencial para ser uma nova droga para o tratamento desse tipo de tumor (na cavidade oral). É a primeira vez que isso acontece”, disse.

O pesquisador apresentou aos deputados resultados de pesquisas que, segundo ele, comprovam a redução dos tumores e a morte das células do câncer, por meio de imagens que mostravam bolhas na superfície das células. O pesquisador reforçou as alegações do responsável pelo desenvolvimento do produto, Gilberto Orivaldo Chierice, professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

A substância foi desenvolvida no início dos anos 90 por Chierice, hoje aposentado, no laboratório do Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímero do Instituto de Química da USP.

Este ano, a distribuição da droga foi suspensa por decisão judicial, sob o argumento de que a substância não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com Chierice, a droga não é tóxica e é eficaz para matar a célula do câncer. “Se não é tóxica e se tem eficácia, se demorar (para ser liberada) vai morrer muita gente”, disse.

Fonte: Agência Câmara