O personal trainer de 32 anos suspeito de estuprar jovens em série na capital mineira foi indiciado pela Polícia Civil na última semana após a conclusão de um inquérito que investigava os casos de duas vítimas abusadas. Ao final das apurações, a delegada Camila Miller chegou à conclusão de que há provas suficientes sobre os crimes cometidos por Rodrigo Alcântara. Ele continua à solta e a Justiça ainda avalia um pedido de prisão feito pela autoridade policial.
A reportagem do Bhaz chegou a conversar com quatro mulheres que detalharam a abordagem de Rodrigo. Duas delas registraram os boletins de ocorrência que levaram ao indiciamento do personal por estupro. O profissional da área de Educação Física atraía vítimas pelas redes sociais desde 2015.
Segundo a Polícia Civil, Rodrigo negou ter cometido os crimes ao prestar depoimento. Porém o relato das vítimas e provas levantadas em um flat alugado pelo personal demonstram que ele desenvolveu uma tática para abordar mulheres com o intuito de forçar relações sexuais. A Justiça avaliará agora as conclusões da investigação e decidirá se Rodrigo deve ser preso preventivamente.
Histórico
O Bhaz revelou em novembro do ano passado que a Polícia Civil já havia recebido uma denúncia de estupro contra o personal oito meses antes de uma segunda vítima ser abusada sexualmente. Na época, mesmo tendo o endereço do flat onde o personal atacava as mulheres, as autoridades não o encontraram em diligências relativas aos casos.
Ao menos quatro jovem afirmaram à equipe do Bhaz que foram atacadas pelo personal e descreveram o mesmo modus operandi. O professor de Educação Física atraía mulheres por meio de redes sociais oferecendo descontos nas aulas e alegando que precisava de alunas para a gravação de vídeos. Como ele apresentava entrevista concedida a uma emissora de TV e ainda possuía amigos conhecidos, as vítimas não desconfiavam do convite.
Em um determinado momento do contato, Rodrigo levava as mulheres para um flat, localizado no bairro Estoril, na Zona Oeste de Belo Horizonte, alegando que precisaria desenvolver parte da aula em seu estúdio. No imóvel, ele abusava sexualmente das potenciais alunas.
Após a divulgação de um caso de estupro envolvendo o personal, o Bhaz foi procurado por mulheres alegando ter sido assediadas ou mesmo vítimas do homem.
Créditos: BHAZ