A cantora contou que ela e o marido Kayque Nogueira, com quem se casou no final de 2020, já deram início ao processo para adotar uma criança. “Já estou visitando orfanatos e conhecendo alguns anjos abençoados. Quando vou visitá-los, tenho certeza de que vou ser a melhor mãe do mundo”, disse em entrevista ao jornal O Globo.
A cantora, que disse ter uma relação ótima com a mãe, já sabe quais valores quer passar para seu filho. “Vai prevalecer a igualdade e a empatia. Vou ter orgulho de falar quem sou a eles, de ir à festa da escola, de ensinar, quando chegar o dia da menstruação e nascer o primeiro pelo. Se for menino, vou ensiná-lo a não ser machista. A primeira coisa que temos que ensinar a um filho é a ter personalidade. Quando fazemos isso, ele pode estar do lado de uma boca de fumo, que não vai fazer besteira”, falou.
Pepita também relembrou um pouco de como foi sua infância e juventude. A artista disse que teve o privilégio de crescer em uma família que a compreendesse e amasse. “Fui um menino gay, o queridinho da família. Sempre gostei de dançar. Se não tocasse É o Tchan na festa, nem aparecia. Tenho um avô falecido que ‘era Bezerra de Menezes’ e dizia que, em outra vida, fui uma mulher muito feliz. Por isso, vim desse jeito.”, contou.
Ela também disse que nunca foi vítima de agressões e pode seguir com os estudos normalmente, algo que não acontece para muitas pessoas trans e travestis. “Também não sofri. Fazia esporte com as meninas. Posso ter ouvido duas ou três vezes uns palhaços falarem: ‘Ah, o viadinho’. Mas isso nunca me fez ter medo. Também nunca fui agredida. Alguns desses meninos mandam mensagens dizendo: ‘Nossa, como você mudou’. Sempre respondo: “Não posso dizer o mesmo de você”. Mas sei que existem milhões de pessoas que deixam de estudar por causa disso. E acho que os maiores culpados são os coordenadores e os diretores das escolas. Eles não se colocam no lugar daquela criança”, diz.
Fonte: IG
Créditos: IG