No programa Vai, Fernandinha! desta quinta-feira (26/4), Paula Fernandes relembrou da fase em que lutou contra a depressão, suas dificuldades financeiras no início da carreira e também comentou sua fama de antipática. Por volta dos 20 anos, a sertaneja foi diagnosticada com a doença e, segundo ela, o foco absoluto na carreira profissional foi um dos motivos.
“Foi um conjunto de coisas: ter assumido responsabilidades muito cedo, ter me tornado arrimo de família… Eu não tinha uma Paula Fernandes ‘paralela’, era muito a artista, o produto. Com 18 anos, vi que faltava vida social”, a artista mineira explicou. Ela também acrescentou que sua condição financeira, “que era muito ruim”, afetou a situação. “Minha mãe usava uma calça jeans há 16 anos porque comprava roupas para a gente”, admitiu a cantora.
“Avistei a janela e queria pular. Aí vi que o negócio estava feio. Emagreci 7 kg, cabelo caiu, foi ‘uó’”, admitiu.
Paula contou que sua mãe tomou a iniciativa de procurar tratamento profissional para a filha, mas ela demorou para aceitar. “Achava que era coisa de gente doida. Quando aceitei o tratamento e os remédios, comecei a melhorar. Fiquei três anos no processo. Comecei a sonhar de novo e as coisas foram acontecendo”, disse.
Segundo a cantora, mesmo depois do tratamento, os problemas continuaram a surgir. “O empresário que você está que às vezes não administra a coisa de uma forma legal. Na época do ‘boom’ mesmo, em 2011, fiz 220 shows no ano. Foi a época que sofri mais com falta de uma boa administração da carreira”, explicou.
Outro assunto abordado no programa foi a fama negativa que recebeu acerca de sua personalidade e como isso a afetou. “Diziam que eu era antipática, que não atendia as pessoas. Eu não entendia porque as pessoas tinham essa impressão de mim, eu não sou chata. Comecei a entender que era algo ao redor”, a mineira comentou.
Ela não levava bem todos as críticas. “Ficava ‘pê da vida’ em casa, queria falar alguma coisa, mas quem vai me ouvir, quem vai saber que essa timidez não é antipatia? É simplesmente timidez”, justificou.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Thaís Rosa