O vídeo que levou à exoneração de Roberto Alvim não me surpreendeu.
Vindo de gente como Alvim, estava dentro do roteiro.
Mérito na decisão de Bolsonaro? Não enxergo nenhum. O presidente não teve outra saída.
Alvim está fora, mas governos de ultradireita estão cheios de pessoas que defendem o nazismo, que admiram Hitler, etc.
Nazistas?
Fãs de Hitler?
Conheci muitos.
Creio que ainda conheço.
Alguns confessavam sem qualquer cerimônia e até se empolgavam na hora da confissão.
Outros – os que dominavam o alemão – ouviam os discursos de Hitler no som do carro.
Chegavam – estou falando sério! – perto do orgasmo.
Os mais discretos se protegiam na palavra germanófilo.
Sim, eu sei. Os germanófilos são anteriores aos nazistas. São admiradores da Alemanha, sua gente, sua cultura.
Mas estou me referindo aos caras que tinham noção de que não deveriam assumir a simpatia por essa coisa abominável chamada nazismo e se abrigavam, digamos, num eufemismo.
Germanófilo. Palavra bonita.
Nunca me enganaram.
De sexta-feira para cá, durante e depois da queda de Roberto Alvim, as redes sociais se encheram de manifestações de caráter indisfarçavelmente nazistas.
Os nazistas de 2020 nem se resguardaram sob a germanofilia.
Eles saíram do armário e fecharam a porta!