Falar sobre sexo publicamente em pleno século XXI ainda tem sido um grande tabu. Algo que não deveria acontecer mais. Estamos acostumados a conversar com aquele amigo, que consideramos mais confiável, para tirar algumas dúvidas sobre desenvolvimento sexual ou até mesmo fazer comparações.
Mas, quando surge algum problema mais sério, como a dificuldade de “chegar lá”, conversar com algum amigo não é suficiente, e aí devemos sair em busca de um especialista. Seja um andrologista ou sexólogo, ambos irão investigar o que deve estar acontecendo e indicar tratamentos específicos para qualquer que seja o problema . Mas, um especialista que ainda é pouco conhecido por muitos, é o especialista em fetiches, e que pode resolver muitos problemas de saúde sexual dos casais.
Uma nova prática vem ganhando espaço na cena sexual: o ORGASMO HIPNÓTICO. E por isso, o Metrópoles divulgou, recentemente, uma entrevista com a especialista em fetiches, Madame duBa, fetichista e dominadora da prática há mais de 20 anos, além de terapeuta holística.
Especialista em orgasmo hipnótico, foi ela quem abriu as portas desse universo para o site. “É preciso saber que a hipnose trabalha com foco e concentração. A pessoa tem que querer e estar disposto a seguir instruções”, inicia a expert.
E como saber que ele vai dar certo? Segundo Madame duBa, é preciso já ter experimentado um orgasmo alguma vez na vida. “A gente trabalha com a memória da pessoa. Caso ela nunca tenha experimentado o clímax, existem outras formas de chegar lá, mas aí é outra terapia”, explica.
Na hipnose, as sensações são potencializadas. “O mesmo acontece com uma memória de dor. Conseguimos fazer com que fique muito maior. Assim, também é possível permitir que as sensações de prazer seja mais intensas”, conta a dominadora. A especialista acrescenta que, em alguns casos, a pessoa pode chegar a desmaiar. Por isso, é fundamental procurar um profissional de confiança.
Na prática
Na definição de Madame duBa, “é instalado um gatilho e, então, por meio de palavras, você vai estimulando e trazendo sensações de prazer”.
A prática não tem contra-indicações, mas é importante lembrar que deve ser feita de maneira consensual. Além do mais, não pode ter havido ingestão de bebidas alcóolicas e nenhum tipo de droga pelos participantes.
A especialista também trabalha com cadeirantes. De acordo com ela, a alternativa ajuda pessoas que, por motivos físicos, não conseguem mais gozar com plenitude. “O orgasmo é mental, então, dá para trazê-lo à memória e fazer com que a pessoa sinta de novo”, esclarece.
A prática pode ser utilizada para fins fetichistas: “Por exemplo para fazer o pet play; para alterar personalidade e construir novos personagens; para utilizar no BDSM, como bondage, que é quando a pessoa não consegue se mexer”, detalha.
Para quem quer começar
Toda pessoa pode começar a praticar e pode, também, experimentar esse tipo de prazer. Para os interessados em aplicar a hipnose orgásmica, a terapeuta recomenda fazer cursos curtos e, se gostar, aprofundar na temática. Como tudo na vida, é preciso prática. Ela dá cursos de hipnose erótica para pessoas acima de 18 anos.
Sentindo na pele
Modelo oficial do site Suicide Girls, Liwarie tem 20 anos e é praticante de BDSM desde os 17 anos de idade. Ela detalha sua experiência com o orgasmo hipnótico:
“Eu tive uma sensação que nada nem ninguém nesse mundo poderiam fazer igual. Foi algo intenso e energético, minha mente criou meu próprio prazer sem eu ter sido tocada. Foi como descer uma escada no escuro. A cada degrau, a sensação ficava mais forte, até chegar ao orgasmo”, relata.
A criadora de conteúdo sensual no OnlyFans recomenda a prática. “É uma sensação única, todo mundo deveria experimentar pelo menos uma vez na vida. Você é envolto de energias sexuais fortes, tem gente que apaga tendo orgasmo e diz que é surreal de maravilhoso”, finaliza.
Fonte: Polêmica Paraíba com Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba