NOVELA CALYPSO: Chimbinha pode ser preso pela Lei Maria da Penha (VEJA VÍDEO)

Cantora da Calypso fez denúncia contra Chimbinha e alegou ameaça. Advogado do guitarrista disse que denúncia não procede.

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A Polícia Civil do Pará divulgou um comunicado nesta quinta-feira (10) informando que o guitarrista Chimbinha, da banda Calypso, pode responder por agressão de acordo com a lei Maria da Penha.

Na quarta-feira (9), a cantora Joelma, ex-mulher do guitarrista, procurou a delegacia localizada no bairro Jaderlândia em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, para denunciar que se sentia ameaçada pelo músico. De acordo com o boletim de ocorrência,Joelma contou que Chimbinha a persegue ligando para as suas empregadas domésticas e pessoas próximas.
“A Polícia Civil tem a esclarecer, a respeito da denúncia formalizada pela cantora Joelma Mendes, na data de ontem, que o procedimento policial instaurado na Delegacia da Jaderlândia foi transferido para a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), unidade policial de referência nacional na investigação de crimes relacionados à violência contra a mulher. A transferência do inquérito se deve em decorrência da natureza do crime denunciado, que está previsto na Lei Maria da Penha”, informa a nota da Polícia Civil (leia a íntegra abaixo).

Segundo Daniela Santos, diretora da DEAM, a cantora solicitou proteção à Polícia. “Já foram solicitadas medidas protetivas. A autoridade policial encaminha essa solicitação ao Poder Judiciário. As medidas mais imediatas já foram adotadas e vai ser instaurado inquérito policial para apurar o caso”, explica a diretora.
Segundo o advogado do guitarrista, Hermínio Farias de Melo, a denúncia não procede. “Não há nenhuma situação desta. O Chimbinha é um trabalhador, é uma celebridade, é um rapaz calmo. Quem o conhece sabe que ele é um homem talvez de pouco estudo, mas de boa conduta. Ele tem vontade de reconstituir a família dele. Da parte dele não há motivo para ameaçar ela. Ele sonha em tê-la de volta”, disse.

O fim do casamento de Joelma e Chimbinha foi confirmado em 19 de agosto. Mesmo com a separação, o guitarrista garantiu que continua na banda Calypso. Apesar disso, está afastado dos palcos desde 4 de setembro, por conta de uma cirurgia nos olhos. O afastamento deve durar cerca de 15 dias e, durante este período, o pernambucano Ian Marinho, de 26 anos, substitui Chimbinha nos palcos.

Difamação
Chimbinha já havia procurado a polícia no dia 20 de agosto para denunciar que era vítima de difamação. A denúncia deu origem a uma ocorrência privada, que está sendo apurada pela Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE) da Polícia Civil do Pará.

“Ele vem sendo publicamente xingado em shows, correndo risco, por causa dos fãs. No dia 20 (de agosto) ele chegou ao limite. Ele estava recebendo via WhatsApp mensagens deste numeral que estavam atentando contra a dignidade dele, a honra, a família e a pessoa dele”, afirma Hermínio Farias.

Nesta quinta-feira, o delegado Neivaldo Silva confirmou que o guitarrista recebia mensagens de um número de celular denegrindo a sua conduta, cuja proprietária já foi identificada e ouvido pela polícia. “Esta pessoa compareceu na nossa divisão acompanhada do seu advogado e negou a autoria da emissão das mensagens. Mas foi confirmado que as mensagens saíram do celular dela”, destaca o delegado, que não revelou a identidade da suspeita.

De acordo com o advogado Hermínio Farias, a proprietária do telefone é uma pessoa próxima da cantora Joelma, tendo atuado como orientadora espiritual dela por 12 anos.”Logo após ela receber a intimação ela fez uma ligação para a Joelma e, estranhamente após ela ligar para a Joelma, as mensagens cessaram deste número”, disse o advogado.

Veja, na íntegra, a nota da Polícia Civil
A Polícia Civil tem a esclarecer, a respeito da denúncia formalizada pela cantora Joelma Mendes, na data de ontem, que o procedimento policial instaurado na Delegacia da Jaderlândia foi transferido para a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), unidade policial de referência nacional na investigação de crimes relacionados à violência contra a mulher. A transferência do inquérito se deve em decorrência da natureza do crime denunciado, que está previsto na Lei Maria da Penha, e ainda pela repercussão do fato.

Ao mesmo tempo, a instituição policial esclarece que, por meio de sua Corregedoria-Geral, instaurou procedimento policial para apurar o vazamento ao público de informações contidas no boletim de ocorrência registrado pela cantora na Delegacia da Jaderlândia.

A Polícia Civil ressalta ainda que todas as informações referentes à apuração da denúncia serão tratadas em absoluto sigilo, conforme previsto na legislação penal brasileira.